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Carrapato do Santa Cruz promete encostar em Lucas...

...atacante do São Paulo treina como fugir de Everton

Lucas andou treinando para escapar de Everton Sena. O atacante do São Paulo vai apostar numa estratégia para não ser anulado por seu “carrapato”, o zagueiro do Santa Cruz, no confronto da noite desta quarta-feira, na Arena Barueri: permanecer em movimento.

“Vou me movimentar bastante, no campo inteiro. Num pique posso ganhar um, dois metros de distância. Ainda posso abrir espaços para quem vem do meio ou mesmo para o Fernandinho”, disse Lucas ao Blog do Boleiro.


Sem saber desta intenção do são-paulino, Everton se prepara para tornar a vida de Lucas mais difícil do que no jogo de ida, em Recife, quando o Santa Cruz venceu por um a zero. “Se eu dei 10 centímetros de espaço para ele na semana passada, hoje ele não vai ter nenhum”, garantiu ainda no quarto do hotel no centro da cidade de São Paulo, onde a equipe pernambucana está concentrada.


Everton, 19 anos, virou uma companhia muito próxima de Lucas, 18 anos. “Deu até para conversar um pouco. Uma hora, fui pegar água na lateral do campo e ele veio junto. Até pediu um gole. Eu dei né, fazer o quê?”, contou rindo o meia/atacante tricolor.


Depois de mais de 90 minutos juntos pelo campo do estádio dos Arruda, não deu apenas para fazer amizade. Mas se tivessem trocado idéias, os dois jovens atletas descobririam algumas afinidades.


Ambos são “caras sossegados”, expressão que, no jargão dos boleiros, indica pouca vida noturna. “Eu gosto de ficar com a família e com minha noiva Joyce. Sempre que posso vou à praia”, revelou Everton. “Eu fico com a família e com meus amigos de infância. Quando dá, jogo boliche”, contou Lucas que, depois da convivência com Neymar, anda arriscando um pouco mais.


Os dois inimigos usam a camisa sete e gostam de pagode e samba. “Escuto também música evangélica, especialmente do Fernandinho”, falou Everton. “Eu também gosto de hip hop, música black”, completou Lucas.


O ídolo de Lucas é o pai, Jorge, que cuida de sua carreira desde o início. Everton diz que Deus é quem admira na vida. Em casa ou na concentração, os dois gostam de assistir filmes na televisão. “Eu ainda vejo desenhos”, confessa Everton.


Lucas e Everton foram formados nas bases de seus clubes. Everton sonha em servir à seleção brasileira. “Me emociona pensar que um dia posso vestir aquela camisa”, disse o atleta que ganhou os apelidos de “Sombra”  e “Carrapato”, depois da vitória do primeiro jogo. “A imprensa aqui começou a me chamar assim. É bom né? Sinal de que trabalhei bem”, concluiu.



Lucas já chegou ao selecionado brasileiro. Foi campeão Sul-Americano Sub-20 e, na sequência, entrou na lista dos convocados por Mano Menezes para o amistoso contra a Escócia. “Foi especial. Eu tinha me preparado para jogar na seleção Sub-20.Conseguimos o título, a vaga na Olimpíada de Londres e ainda fiz três gols no jogo final”, lembrou Lucas.


Depois, diante dos escoceses, a promessa do São Paulo sentiu outro tipo de emoção. “Eu estava no banco com os reservas. Quando tocou o hino nacional, fiquei emocionado, quase chorei”, disse. Em campo, no segundo tempo, ele arriscou duas arrancadas cheias de dribles que mostraram ao mundo a jogada favorita de Lucas.


“Eu aprendi esta jogada no futsal. Joguei até 14 anos nas quadras. Na base do São Paulo fiz muitas vezes esta jogada de ir pra cima driblando curto e rápido. No ano passado, cheguei a tentar contra o Flamengo e Palmeiras, mas o gol não saiu”, contou.


O golaço que marcou no último domingo contra o Mirassol é o exemplo completo desta especialidade de Lucas. “Já tinha tentando umas três vezes no Sul-Americano Sub-20, mas errei na finalização. Agora foi perfeito. Sabe que cheguei a ficar sem dormir porque não fazia este gol?”, perguntou.


Everton viu a jogada em que Lucas driblou quatro adversários, incluindo o goleiro do Mirassol. “Ele faz a diferença. Por isso não posso dar nenhum espaço. Ainda mais que ele vai jogar na casa deles”, disse o zagueiro coral.


Lucas não sabia que ele foi a segunda vítima da perseguição implacável de Everton. “O professor Zé Teodoro já me pediu para seguir o Fágner, um atacante veloz e habilidoso do Salgueiro, um time da Série B. Graças a Deus ele não fez gol naquele dia”, lembra com orgulho.


Na avaliação do zagueiro do Santa Cruz, seu desempenho na semana passada foi bom. Mas poderia ter sido melhor. “Vacilei em campo. Numa jogada, o Lucas tomou a bola de mim e criou perigo”, disse. Lucas lembra do lance: “É verdade, quase marquei, mas foi a única oportunidade que tive.”


Lucas lembra que Everton exagerou na chegada em alguns momentos (“mas é do jogo, eu sei”) e admite que jogou pouco. “Quase não peguei na bola”, falou. No entanto, o atleta tricolor lembra que a atuação do São Paulo também não foi das melhores. “O time inteiro não esteve numa noite muito feliz”, afirmou.


Everton desconfia que Lucas se preparou para evita-lo. “Eu acho que ele está treinando para escapar da marcação”, aposta. Por isso, colocou na cabeça que seu desempenho terá que ser impecável. “Se eu entrar com esta missão de novo, vou jogar 130 por cento”, garantiu.


Lucas conta que em véspera de jogo importante como o desta noite, ele fica ansioso. “Quero que a partida comece logo. Um dia antes, imagino jogadas, que estou partindo pra cima dos adversário com muitos dribles”, contou.


Curiosamente, na semana passada, a dupla não trocou camisa. Lucas até achou que Everton ia propor  a troca. “Mas ele saiu e não falou nada”, falou. Desta vez, ele coloca uma condição: “Só troco com ele se o São Paulo ganhar”.

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