O técnico Paulo César Carpegiani se livrou de uma possível denúncia no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP) após uma representação feita contra o comandante do São Paulo pelo presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), Coronel Marinho. Carpegiani prestou os esclarecimentos solicitados pelo tribunal a respeito de uma declaração à imprensa e convenceu o tribunal de que não cometeu nenhuma infração disciplinar, e assim teve o processo contra ele arquivado.

Em resumo, Carpegiani foi questionado sobre a seguinte declaração: “Vejo equipe com pênaltis duvidosos, não quero que puxe nada para o meu time. As arbitragens têm que ser mais rigorosas, enquanto muitos times são beneficiados, nós não”. Inconformado com a declaração, Coronel Marinho juntou matérias de jornais e sites e entrou com uma representação no TJD/SP.

Diante da abertura do processo, a Procuradoria do tribunal paulista pediu que técnico prestasse esclarecimentos. Carpegiani compareceu à audiência e disse que “fez as declarações na imprensa, porém de forma geral, quanto à parte técnica e de critérios dos árbitros, porém, não colocou em dúvida o aspecto moral e pessoal dos árbitros”.

Indagado sobre o que quis dizer com a frase “enquanto muitos times são beneficiados”, o treinador do São Paulo respondeu: “Em virtude da disparidade de critérios apresentados pelos árbitros, algumas equipes acabam sendo beneficiadas e outras prejudicadas, porém não cogito qualquer intenção do árbitro prejudicar ou beneficiar alguma equipe”. Para comprovar o seu inconformismo com a falta de critério da arbitragem, o técnico juntou aos autos um DVD com os lances que questionava.

Diante das explicações, o presidente do TJD/SP, Ronaldo Botelho Piacente, concluiu que o técnico Paulo Cesar Carpegiani se manifestou sobre a parte técnica dos árbitros em geral, não ofendendo a moral ou honestidade deles. Assim, determinou o arquivamento do processo, sem a necessidade de denunciar Carpegiani e levá-lo ao tribunal.