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Precisando de gols para se classificar, o São Paulo precisará muito de Dagoberto. O atacante vem correspondendo às expectativas, é titular, artilheiro do time na temporada com nove gols e sonha em formar dupla com Luís Fabiano. Nesta quarta, contra o Santa Cruz, espera ser decisivo par levar o time para a próxima fase da Copa do Brasil. Confira a entrevista exclusiva:

A que você credita a sua boa fase neste início de temporada?
Estou mais próximo da área, então fica mais fácil. Antes, muitas vezes eu criava mas ficava longe do gol. Então ficava difícil marcar. Pode ver que estou criando, mas mais perto do gol. Assim, quando tenho uma oportunidade, como foi contra o Corinthians, fica mais fácil para finalizar. Cheguei a sofrer muito pelo modo como a equipe jogava, tive de me adaptar a uma situação, tive de marcar, fugi um pouco das minhas características. Hoje vejo que jogo da maneira que jogava quando fui contratado pelo São Paulo. Está bacana, o clube é muito bom e lutou muito para me ter. Mas também lutei muito para estar aqui.

Você acabou de completar 200 partidas no clube. Qual a próxima meta?
Minha meta é estar jogando, buscando objetivos, títulos, gols… Tive recentemente uma conquista, porque ainda não havia vencido o clássico contra o Corinthians, e conseguimos quebrar o tabu após um longo período. A vida é assim, feita de oportunidades e você tem de estar preparado para elas. Sempre tenho objetivos traçados na minha vida e todos foram muito difíceis de atingir, foi preciso lutar muito. Ter uma marca em um grande clube é muito difícil, ainda mais hoje em dia. Estou feliz porque é uma coisa que foi conquistada com o tempo. Eu tinha a meta de 200 jogos e cheguei nela. Tenho outros objetivos também, mas vamos esperar, só o tempo vai mostrar o que pode acontecer amanhã. Vivo o presente, e está muito bom.

A artilharia estaria entre os próximos objetivos?
Tenho 48 gols no São Paulo. Estou feliz pelo que vem acontecendo. Eu jogava desta maneira no Atlético Paranaense e o São Paulo me contratou por isso. Naquela época, eu jogava em um time onde todos em volta de mim tinham uma grande qualidade. E hoje tem Lucas, Fernandinho, Rivaldo, Ilsinho, Marlos, todos jogadores de excelente qualidade, que chegam muito, então toda hora a bola está no seu pé. Assim fica mais fácil para você criar, para finalizar. Você acaba tendo mais oportunidades. Hoje eu tenho muito mais a bola no u pé, então fica mais fácil para finalizar ou deixar um companheiro na cara do gol.

E tem o Luís Fabiano, que ainda não estreou…
A chegada do Luís Fabiano é perfeita. É o tipo de jogador que o São Paulo está precisando, um cara de área, finalizador nato e goleador.

Cabem você e ele no time?
Fácil. Não vejo o menor problema nisso. Sempre joguei assim, junto com um homem de área. Pelas minhas características, acho que até melhora para mim.

Você tem contrato até abril de 2012. Pretende renovar?
Minha vida está muito bem, o dinheiro te traz conforto e não felicidade. E eu sempre prezo por isso. Tenho pessoas que dependem de mim, tenho filhos, então u penso muito. Aqui é uma cidade boa, o clube é muito bom, sou muito feliz no São Paulo. Para sair, tem de ser uma coisa muito boa. Mas a renovação não depende de mim, cabe ao clube. Acho que tudo é válido desde que tenha uma coisa bacana, um planejamento de carreira, é até uma valorização por tudo isso. Ainda não fui procurado pela diretoria, mas sempre deixei bem claro que gosto bastante daqui.

Estar feliz ajuda a jogar bem?
A vida é um grande aprendizado. Procuro melhorar a cada dia, crescer, e creio que isso está acontecendo. Minha vida está boa nos dois sentidos, tanto dentro quanto fora de campo. Muitas vezes acontecia alguma coisa e já tinha uma repercussão grande. Isso eu sempre frisei. Futebol é um coletivo, todo mundo tem sua parcela e o momento é de crescimento. Se fizer um levantamento, e eu estou aqui há quatro anos, o momento é muito bom. Já sou um dos mais antigos do grupo, é uma identificação legal e fico feliz por isso.


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