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São Paulo - Há algum tempo, o São Paulo carrega um estigma difícil de ser engolido pelos torcedores. Nos últimos dez anos, em 26 disputas de mata-mata nos mais variados campeonatos, o Tricolor venceu apenas três, ou seja, 11,5%. Pouco, muito pouco para um time que precisará ir contra esta tese hoje, às 21h50, contra o Santa Cruz, na Arena Barueri, no confronto de volta da segunda fase da Copa do Brasil. Para avançar às oitavas de final, o Tricolor precisa vencer por dois gols de diferença. Se for 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis.

A missão não será das mais fáceis. Além do péssimo retrospecto em torneios com esta fórmula, o São Paulo encontrará as mesmas dificuldades da semana passada, quando perdeu, no Recife, por 1 a 0. Portanto, para começar a mudar o cenário de uma equipe desacostumada a triunfar em jogos eliminatórios. Mesmo que seja contra um time que está, apenas, na Série D do Brasileirão.

“Temos que lembrar, por exemplo, que estes números nem sempre acompanharam o clube, que foi tricampeão da Libertadores jogando mata-mata. A fórmula para reverter isso é ganhar amanhã (hoje) para ter paz para trabalhar e conquistar o título da Copa do Brasil”, receitou o lateral-esquerdo Juan, que diferentemente do time onde atua desde janeiro deste ano, tem bons números em fases eliminatórias. O camisa 16 foi campeão da Copa do Brasil, em 2006, pelo Flamengo.

Se Juan difere do São Paulo neste quesito, o zagueiro Alex Silva é prova viva de que o time do Morumbi não tem tido sorte e competência em jogos de mata-mata. Em suas duas passagens pelo clube, o camisa 3 jamais venceu uma fase eliminatória, seja de Libertadores, de Copa Sul-Americana ou de Paulistão. Talvez esteja aí a hora de provar o contrário das estatísticas e conseguir triunfar num jogo decisivo da Copa do Brasil.

“Vamos entrar com o pensamento de que não há próximo jogo. Não tem como recuperar depois e sabemos que será um jogo difícil. Precisamos entrar com mais pegada, pois se trata da Copa do Brasil e, nesta competição, precisamos estar preparados para tudo. A derrota que tivemos no primeiro jogo, por 1 a 0, não é o fim do mundo.Não passa outra coisa na nossa cabeça que não a vitória e a classificação”, minimizou Alex Silva, que terá que ajudar o time atrás e também na frente, para usar sua altura em busca dos dois gols necessários.