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O São Paulo ainda não esqueceu a derrota de anteontem para o Santa Cruz (1 a 0), pela Copa do Brasil. A ducha de água fria nas comemorações do centésimo gol de Rogério Ceni e do fim do tabu no clássico contra o Corinthians ficou visível ontem, na reapresentação do elenco. A revolta, porém, foi contra o exagero nas entradas dos atletas do Santa Cruz - em especial do zagueiro Everton Sena, que fez marcação individual em Lucas.

"Eu estava perto das jogadas e vi: em 80% das vezes, ele fez falta. Acho que se fosse outro juiz, o jogador teria sido expulso ainda no primeiro tempo. Ele foi desleal", protestou o volante Jean.

A bronca dos dirigentes também foi com a arbitragem de Marielson Alves Silva. "Ele foi péssimo. Conseguiram achar alguém para apitar que é pior que os juízes do Campeonato Paulista. Não entendi escalarem um juiz inexperiente desses", afirmou o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes, ressaltando, porém, que o time também teve seus erros. "A exibição do São Paulo foi péssima." O cartola, porém, diz que não pretende protocolar reclamação na CBF, em meia às rusgas recentes entre a entidade e o clube do Morumbi. "Não adianta gritar com quem é surdo. O pau comeu solto e o juiz não fez nada", disse ele.

Para evitar clima de revanche no elenco, o técnico Paulo César Carpegiani conversou com os atletas para pedir tranquilidade. "Ele quer que a gente tenha calma. Sabemos que eles (jogadores do Santa Cruz) vão vir fechados, que será o jogo da vida deles. Mas nós temos de marcar em cima e buscar o gol o quanto antes", disse Jean. O São Palo precisa vencer por dois gols de diferença para avançar.
Casa em Barueri. Por conta dos shows marcados no Morumbi, o São Paulo vai seguir mandando seus jogos na Arena Barueri - entre eles, o da volta contra o Santa Cruz, na quarta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil. "Claro que preferíamos atuar no nosso campo, mas em Barueri o torcedor fica mais perto", reconhece Jean. No domingo, o time de Carpegiani recebe no estádio o Mirassol, pelo Estadual.