Cleber Santana chegou ao São Paulo em janeiro de 2010. Para tirá-lo do Atlético de Madri (ESP), o Tricolor pagou € 1,5 milhão (R$ 3,5 milhões) por 50% dos seus direitos federativos e ainda cedeu ao clube espanhol 10% dos direitos do volante Wellington, que hoje treina no elenco profissional. O camisa 8 foi a terceira contratação mais cara da era Juvenal Juvêncio no São Paulo, atrás apenas de Dagoberto (R$ 5,4 milhões) e de Luis Fabiano, repatriado na semana passada por € 7,6 milhões (R$ 17,5 milhões) e tem um dos salários mais altos do elenco (R$ 200 mil mensais). Pouco mais de um ano depois, é possível dizer que o jogador se tornou um grande problema no clube do Morumbi.


A equipe comandada por Paulo César Carpegiani já disputou 16 jogos na temporada, sendo 15 no Campeonato Paulista e um na Copa do Brasil. O camisa 8 jogou apenas as primeiras três partidas do estadual e depois não atuou mais. Não ficou no banco em três ocasiões por causa de uma lombalgia. Em algumas partidas, inclusive, nem foi relacionado pela comissão técnica. Ele está tão em baixa que, no coletivo desta quinta-feira entre a equipe reserva e os juniores,  atuou no time de baixo. Sem dúvida, uma situação complicada para quem custou tão caro e ainda tem contrato com o clube até 31 de janeiro de 2013.

Em 2010, o meio-campista esteve perto de deixar a equipe do Morumbi. O Fluminense fez uma proposta, acertou os ponteiros com o Tricolor, com o jogador, mas o negócio não saiu porque o Atlético de Madri (ESP), que ainda detém metade dos direitos do atleta, não aceitou as garantias bancárias apresentadas pela equipe carioca. Em 2011, outros times já fizeram proposta por empréstimo, mas se assustam quando ficam sabendo o salário que o jogador ganha. Cleber Santana até aceitar sair, desde que siga recebendo o mesmo valor.

No domingo, no clássico contra o Corinthians, como Rodrigo Souto volta a ficar à disposição da comissão técnica, a tendência é que Cleber Santana, mais uma vez, fique fora da lista do banco de reservas.

Questionado sobre o assunto, o diretor de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, disse que a situação do atleta depende do técnico Paulo César Carpegiani.

- Ele faz parte do elenco assim como os outros jogadores. Agora o treinador é que decide quem vai jogar – afirmou.