Após o campeonato brasileiro de 2010, quando as notícias e especulações sobre contratações de jogadores tomaram conta das manchestes, de novo o São Paulo tentou levar Guiñazu para o Morumbi.

O clube e o volante estavam acertados desde o final de 2009.

A cartolagem dos times paulista e gaúcho têm grande rivalidade fora de campo.

O Inter, em 2006, graças ao auxílio do presidente do Betis e à mudança de data das decisões da Libertadores, impediu Ricardo Oliveira de jogar a partida de volta da final do torneio continental, no Beira-RIo.

O primeiro mandatário da equipe de Sevilla enrolou Juvenal Juvêncio.

O Betis estava contratando Rafael Sóbis e fez o que interessava ao Inter.

Um mês após a final, quando a cartolagem do Colorado dava como certa a contratação de Miranda, o zagueiro fechou com o São Paulo.

O clima ficou muito tenso entre as direções e obviamente a do Internacional, que prometera ao Guinazu liberá-lo meses depois do argentino recusar oferta milionária do Catar, não cumpriu o combinado “de boca”.

Como explicar ao torcedor a liberação de um ídolo para o rival por valores inferiores aos da cláusula rescisória?

Nas reuniões com a direção do Inter, vale lembrar, o volante sempre deixou claro aquilo que nunca falou publicamente: Queria trocar de clube.

Interesses e diálogo

No começo desse ano, cartolas do Internacional falaram com os são-paulinos que desejavam contratar Dagoberto.

E os do São Paulo comentaram a respeito do desejo de contarem com o lateral-direito Nei, insistentemente pedido por Paulo Cesar Carpegiani.

O Inter, então, ofereceu Guiñazu e Nei por Dagoberto.

Juvenal Juvêncio recusou por acreditar que Dagoberto poderia ser valorizado e o clube ganhar bom dinheiro.

Talvez tenha razão.

Uma equipe alemã promete fazer boa oferta para levar o atleta revelado pelo Atlético-PR no meio do ano.

O São Paulo fez a contra-oferta. Foram duas propostas diferentes.

Queria trocar Cléber Santana por Guiñazu e pagar pela liberação de Nei.

Os gaúchos recusaram.

Hoje em dia….

Guiñazu e seus representantes, durante 2010, mantiveram contato telefônico constante com o pessoal do São Paulo, pois queriam fechar negócio.

Isso não tem acontecido mais.

Carpegiani continua sem lateral-direito.

Deve querer Nei ainda.

Se a negociação de Dagoberto com a Alemanha não vingar, talvez as conversas sejam retomadas.

Resta saber se o São Paulo ainda deseja Guinazu, pois o jogador completará 33 anos em agosto.