Luis Fabiano é um caso raro no futebol. Ídolo da torcida do São Paulo, sem ter ganho nenhum título relevante.

Em defesa do atacante, o fato de, com exceção de 2002, jamais ter jogado num time realmente forte. Na maior parte do tempo, era o Rogério salvando lá atrás, e LF, no peito e na raça, decidindo na frente.

Desse jeito ele se tornou o décimo segundo maior goleador do clube na história, primeiro em média, com 118 gols em 160 jogos - 0,74 por jogo.

Foi por ter “carregado” o time nas costas, fazendo essa quantidade de gols, que o camisa 9 tricolor - mesmo carente de troféus - virou ídolo.

Aos trinta anos, com quatro de contrato, Luis Fabiano pode estabelecer duas metas que, caso alcançadas, irão garantir ao centroavante lugar cativo nos “onze” de todos os tempos. Com Teixeirinha, Gino, Careca e França assinando embaixo.

Luis Fabiano e seus dois objetivos bastante reais no São Paulo (Crédito da imagem: Gazeta Press)

Não citei Serginho, porque com um dos objetivos atingidos, Chulapa deixaria de ser o maior artilheiro do São Paulo. Imagino que Serginho não deva querer perder este posto, conquistado as custas de muitas trombadas com zagueiros, e incríveis 242 gols.

De temperamento e até estilo parecidos com Serginho, embora tenha mais requinte, Luis Fabiano precisa de 125 gols pra ser o primeiro da histórica lista. 31,25 por temporada. Arredonda pra 32, vai.

Não será fácil, mas é possível. Conseguindo, é provável que consequentemente venham enfim os títulos.

Já pensou ?! Multi-campeão e maior goleador.

Luis, que já é Fabuloso, viraria Rei, sei lá, Santo.

Santo não! Aí é querer demais. Nem o torcedor deseja isso. Melhor parar nas duas metas iniciais.