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Rivaldo: o craque-empresário do São Paulo

Camisa 10 do Tricolor, meia investe projeto milionário para levantar prédios residenciais

Melhor jogador do mundo pela Fifa, em 1999; pentacampeão pela Seleção Brasileira, três anos depois; presidente do Mogi Mirim por pouco mais de dois anos; e empresário no ramo da construção civil.

Surpresa? Pois esta é a mais recente "profissão", desconhecida para muitos, de Rivaldo. É a mais nova menina dos olhos do craque, que, literalmente, levanta em Mogi Mirim duas torres gêmeas, o intitulado "Residencial do Jardim".

O projeto consiste na construção de dois prédios residenciais, localizados na Rua Padre José, esquina com a praça Floriano Peixoto, para os mogimirianos mais tradicionais, o conhecido Jardim Velho, área nobre e uma das mais valorizadas da cidade. O local foi escolhido para uma obra ousada e inovadora, de propriedade exclusiva do atual meia do São Paulo, que visa trazer para os interessados de Mogi e região, "opção de moradia, com conforto, luxo e segurança".

Em três terrenos de 2.500m², o residencial começou a ser construído há cerca de um mês, após uma série de acordos para que o projeto tivesse o aval da prefeitura municipal. Isso porque a construção dos prédios residenciais presente no projeto ia contra o plano diretor do município, uma espécie de código de urbanização. Nele, a verticalização, ou expansão vertical de imóveis no centro da cidade, não é autorizada, graças à lei municipal que vigora desde 1987.

No projeto de Rivaldo, o número de andares acima do permitido colocava o empreendimento em risco. Foi aí que a força política do craque e um comum acordo junto à prefeitura pôs fim ao impasse.

– O plano diretor da cidade permite o que se chama de solo criado, a prefeitura autoriza a fazer mais dois, três andares, e em compensação, direciona algum tipo de investimento – diz o chefe de gabinete da prefeitura, Gerson Rossi Junior.

Esse investimento tem nome e sigla: Nias (Núcleo Integrado de Atividades Sociais). Toda a construção é custeada por Rivaldo (veja mais abaixo).

O acordo com a prefeitura para driblar o plano diretor e a expansão vertical da cidade estava feita. Nascia ali à construção do 'Residencial do Jardim'.

A parte social que liberou o megaprojeto

Como parte do acordo para liberar os prédios residenciais, Rivaldo integra projeto social na Zona Leste de Mogi, coordenado pela prefeitura, mas criado para ter a sua "cara". O craque é responsável pela implantação do Nias (Núcleo Integrado de Atividades Sociais). O terreno, de propriedade da prefeitura, conta com todo o suporte do jogador.

As obras consistem na construção de um complexo esportivo, com campo de futebol oficial, raia olímpica para atletismo, arquibancada, vestiários, sanitários, portarias, paisagismo e fechamento da área.

A prefeitura diz que não terá ônus algum no negócio e o jogador arca com todas as despesas. O trâmite é decorrente de um projeto de lei de 5 de fevereiro de 2009, assinado pelo prefeito Carlos Nelson Bueno.

A área é localizada atrás de uma escola e tem 23.792 m². A intenção é que o Nias seja usado pela população e para o desenvolvimento do esporte em Mogi Mirim. A arquibancada do complexo terá capacidade para acomodar 1.260 pessoas, superior a muitas praças esportivas espalhadas pela cidade. A Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim festeja, já que poderá mandar jogos ali, desafogando outros campos utilizados em demasia, sempre aos fins de semana.

Além disso, a pista de atletismo, novidade no município, é vista com entusiasmo porque aumentará o incentivo à prática da modalidade.

– A ideia é desenvolver o máximo de atividades profissionais possíveis no Nias. Mogi não dispõe de uma pista de atletismo, e com ela, poderemos trabalhar com o esporte na cidade. É maravilhoso – diz o diretor do Departamento de Esportes, Recreação e Lazer (Derel), Marco Antonio Dias do Santos.

Toda a estrutura do núcleo deve estar pronta nos próximos meses e ser entregue até o mês de julho.

Residencial de luxo terá total de 102 apartamentos

O residencial é composto por duas torres, a primeira de 14 andares, com 50 apartamentos de 115m² e a segunda de 13 andares, formada por 52 apartamentos, de 85m² cada, totalizando 102 apartamentos. O complexo engloba duas garagens subterrâneas, além de área de lazer, piscina, quadra poliesportiva, salão de festas, academia e até um espaço gourmet, com churrasqueira na varanda de todos os apartamentos.

– Os terrenos foram adquiridos há muito tempo com o objetivo de um empreendimento no futuro, que chegou agora. Aqui, preservamos o aspecto de lazer e reunião social – afirma o presidente do Mogi Mirim, Wilson Bonetti, que na ausência do jogador é quem responde a tudo o que diz respeito ao projeto.

O valor para cada apartamento, como a quantia investida, são guardados a sete chaves. Mas o consenso no ramo imobiliário é de que milhões de reais foram investidos.

As obras, arquitetadas pela empresa Azevedo Marques, de Espírito Santo do Pinhal, encontram-se na fase de terraplanagem, com a escavação e construção das garagens. O trabalho de levantamento das torres deve começar entre 45 e 60 dias.

Segundo Bonetti, já há solicitações e pedido de reservas. As vendas devem começar em 20 anos.

A localização estratégica do residencial é outro ponto favorável, já que está a menos de 500 metros do Centro, rodeado por lojas, supermercados, bancos e farmácias. As torres devem ficar prontas em 30 meses.

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