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Na reserva do Bayern, ex-são-paulino diz que pensou em voltar

O zagueiro Breno marca de perto o atacante Grafite em jogo do Campeonato Alemão

O zagueiro Breno fez só 15 partidas em seus dois primeiros anos de Bayern de Munique. Não à toa, pensou em deixar a Alemanha para retornar ao Brasil, de onde saiu como grande revelação do futebol nacional em 2007.

Só nesta temporada, após um empréstimo frustrado devido a uma grave lesão no joelho, o defensor passou a ser utilizado com mais frequência no atual vice-campeão europeu. Ainda não é titular, mas já disputou 12 partidas desde agosto.
O crescimento fez com que o defensor fosse convocado pelo técnico Mano Menezes para o amistoso da seleção contra a França neste mês.

Por conta das dificuldades na Alemanha, o brasileiro diz que pensou seriamente em ser emprestado para algum clube brasileiro.

Sempre que aparecia algum time dizendo que queria que eu fosse jogar como titular eu pensava, mas os dirigentes do Bayern não me liberaram para empréstimo no Brasil", disse.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Folha - Bayern e Inter decidiram a última edição da Copa dos Campeões, e o Bayern perdeu. Você sente aí em Munique, entre jogadores, dirigentes e torcedores, um certo sentimento de revanche? O clima para esta partida está um pouco diferente do comum de outros jogos?

Breno - O clima está diferente sim, porque são dois grandes times. Na última temporada, perdemos a final para esse time que é tão forte quanto o Bayern. Então, existe sim essa rivalidade

E o que faz você e o Bayern acreditarem que o resultado desta vez será diferente... e melhor para vocês?

Acredito que desta vez será melhor para nós porque o Bayern está melhor preparado e com muito mais vontade por ter perdido para eles na temporada passada.

Aliás, você estava fora do Bayern na temporada passada. Como foi acompanhar de longe a temporada feita por aquele time? Deu uma pontinha de inveja dos seus companheiros, que quase foram campeões europeus?

Estava fora na temporada passada porque fui emprestado para o Nuremberg. Acabei sofrendo uma lesão no meu joelho e fui operado nos Estados Unidos. Depois, na época da final, estava em tratamento de recuperação aí no Brasil. mas estava torcendo para que meus companheiros fossem campeões. Infelizmente, eles não ganharam.


O zagueiro brasileiro Breno participa de treino do Bayern, em Munique, na Alemanha

Você ficou dois anos praticamente sem jogar no Bayern. Por que demorou tanto para ter uma chance?

Acredito que por o Bayern ser esse time grande, um jogador novo como eu precisa esperar um tempo para jogar como titular. Isso foi, na verdade, muito ruim para mim no lado profissional. Mas, por outro lado, hoje me sinto muito adaptado nesse país que considero muito difícil para a adaptação.

E por que as oportunidades começaram a surgir agora? O que mudou?

Estou pronto para jogar desde o começo. Gostaria de ter jogado como titular desde que cheguei aqui, mas penso que para eles agora já tenho mais experiência e isso contou muito.

O que passava pela sua cabeça neste tempo todo em que era pouco aproveitado? Chegou a duvidar da sua qualidade como jogador?

É muito difícil para um jogador ficar sem jogar, mas tive que ter confiança de que essa situação iria mudar. Treinei cada vez mais e esperei eles me darem a oportunidade que tanto queria. Não duvidei do meu potencial porque sempre soube que quando me dessem a oportunidade eu iria me esforçar muito.

Você chegou a pensar em voltar ao Brasil? Negociou com alguma equipe?

Sim, pensei, pois, como já lhe disse, para o jogador é muito difícil ficar sem jogar. Sempre que aparecia algum time dizendo que queria que eu fosse jogar como titular eu pensava, mas os dirigentes do Bayern não me liberaram para empréstimo no Brasil.

Quando você deixou o Brasil, era apontado como uma das maiores revelações do país e futuro titular da zaga da seleção. Acha que esse período de quase inatividade na Alemanha te atrapalhou muito na seleção? Você se arrependeu em algum momento de ter ido para o Bayern? Por quê?

Ficar no banco de reservas atrapalha a vida de qualquer jogador na seleção. Sem jogar, não dá para ser avaliado pelo técnico da seleção. Quando vim para cá, não tinha noção da dificuldade que seria. Quando cheguei aqui, me vi com uma série de dificuldades que se tem quando se vivemos em outro país. Não posso dizer que me arrependi, porque agora que venci todas as barreiras percebo que estou pronto para jogar em qualquer time e também na seleção brasileira.

Hoje, você está tendo chances no Bayern, que acaba de contratar um brasileiro, o Luiz Gustavo. Afinal, essa história de que o Van Gaal não gosta muito de brasileiros é verdade ou lenda?

O Van Gaal é um técnico de personalidade forte, mas essa história de que não gosta de brasileiro não posso afirmar.

E como é sua convivência diária com o ele? Ele é realmente uma pessoa difícil de se lidar? O que é preciso fazer para agradá-lo?

A minha convivência com o Van Gaal é boa, pois procuro fazer a minha parte nos treinamentos. Sei que ele é uma pessoa de personalidade forte, como já disse. Mas, a minha forma de agradá-lo é treinando bem..

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