Willian José
foto: Nelson Coelho/Diário SP
A mãe de Lucas não estava nem mesmo grávida do jogador quando São Paulo e Bragantino fizeram a final do Campeonato Brasileiro de 1991. Para os garotos da idade de Lucas e do reforço Willian, ex-Grêmio Prudente, apresentado ontem, saber que o Bragantino teve anos vitoriosos pode ser surpreendente. Mas o adversário do Tricolor deste sábado, às 19h30, já foi pedra no sapato dos grandes.
O passado, no entanto, não preocupa o técnico Paulo César Carpegiani, que, pela primeira vez desde seu retorno ao clube, vai repetir uma escalação em duas partidas. O técnico, aliás, ficou maravilhado com a atuação de sua equipe diante do Treze de Campina Grande, na quarta-feira. "Não me importa que o adversário seja fraco. Gostei da nossa produção", enfatiza. Willian, ganho na base da queda de braço com o Palmeiras, já vai para o banco.
Dias de glória/ Em Bragança, os anos de 1989, 1990 e 1991 são vistos como um período único, cujo ponto mais alto, a despeito da derrota, foi a final contra o São Paulo, em 9 de junho de 1991. O Tricolor de Telê Santana, que seria bicampeão mundial nos dois anos seguintes, teve trabalho para bater o Braga .
Como todo são-paulino, o conselheiro Marco Aurélio Cunha se lembra bem daqueles dois jogos. Mas Marco tem mais um motivo para rememorar aquele dia. O então médico estava no lado do Bragantino.
Por conta de uma briga com dirigentes tricolores, o ex-superintendente de futebol acabou demitido do São Paulo no final de 1989. Marco rumou para Bragança acompanhado do fisioterapeuta Luis Rozan. "O Nabi e o Marquinhos (Chedid) nos acolheram bem, mas o choque foi grande", conta. "Começamos do zero."
Marco se lembra bem do gol do título, de Mário Tilico. "A bola passou sob as pernas do Mauro Silva." Muito amigo dos jogadores do São Paulo, Marco passou por saia-justa na comemoração daquele gol, no Morumbi. "O Mário correu na minha direção, para me sacanear", relembra.
Após os anos de bonança, o Bragantino começou um declínio que, por pouco, não colocou fim ao clube. Parte dessa decadência se deveu ao desligamento de Nabi e Marquinhos do clube, em decorrência de briga familiar. Em 1995, o Braga caiu para a A-2 do Paulista. Em 2002, foi rebaixado à Terceira Divisão do Brasileiro. Em 2004, o fundo do poço: o clube sequer disputou competição nacional.
Marcos Chedid só voltou ao Braga em 2006, para atender a um pedido do pai, feito pouco antes de ele morrer. E, aos poucos, o clube vai renascendo.
De bem com a vida, Carpegiani elogia o elenco
A vitória sobre o Treze e a apresentação do atacante Willian fizeram bem a Carpegiani. Afinal, o treinador revelou ter desejado contratar o jovem jogador desde a primeira vez que o viu.
De bom humor, o técnico abusou dos elogios ao seu time após o treino de ontem, no CT do clube. Até Dagoberto, com quem ele se desentendeu há duas semanas, ganhou afagos. "Ele vem jogando muito bem. Está tudo entendido e superado. E o mais importante é que sua produção não caiu", disse o comandante.
O elogio só não tem mais valor ainda porque veio em um bolo que não poupou quase ninguém. De bem com a vida, o "Carpegiani Paz e Amor" foi só palavras de carinho sobre os seus comandados, a quem chamou de "elenco versátil e cheio de opções."
"Nossos primeiros 15 minutos contra o Treze foram excelentes", disse. Outro ponto elogiado por Carpegiani foi o rendimento físico dos jogadores. "Sei que a minha maneira de escalar a equipe demanda muito dos atletas. Eles precisam marcar pressão, apertando a saída do adversário", reconheceu. "Mas o elenco está respondendo bem. Estou muito satisfeito", completou.
Nem mesmo as perguntas sobre a adoção do esquema com três zagueiros, que o técnico já declarou não gostar, abalaram o seu humor. "A melhor partida do time no ano foi no 3-5-2. Então, não há razão para não adotar o esquema neste momento. Não sou dono da verdade. E olhe que esse esquema nem foi muito treinado pelo grupo", admitiu.
Ficha técnica
São Paulo
3-5-2
Rogério Ceni
Rhodolfo
Miranda
Alex Silva
Jean
Rodrigo Souto
Carlinhos Paraíba
Lucas
Juan
Dagoberto
Fernandinho
T: Carpegiani
Bragantino
3-5-2
Gilvan
Carlinhos
Marcos Aurélio
Everaldo
Nego
Éder
Luciano Sorriso
Paulo Roberto
Julio Cesar
Finazzi
João Sales
T: Marcelo Veiga
PAULISTÃO > SÉRIE A-1 ? 9ª RODADA
Onde: Morumbi, em São Paulo, às 19h30
Juiz: Márcio Henrique de Góis
TV: Pay-per-view
foto: Nelson Coelho/Diário SP
A mãe de Lucas não estava nem mesmo grávida do jogador quando São Paulo e Bragantino fizeram a final do Campeonato Brasileiro de 1991. Para os garotos da idade de Lucas e do reforço Willian, ex-Grêmio Prudente, apresentado ontem, saber que o Bragantino teve anos vitoriosos pode ser surpreendente. Mas o adversário do Tricolor deste sábado, às 19h30, já foi pedra no sapato dos grandes.
O passado, no entanto, não preocupa o técnico Paulo César Carpegiani, que, pela primeira vez desde seu retorno ao clube, vai repetir uma escalação em duas partidas. O técnico, aliás, ficou maravilhado com a atuação de sua equipe diante do Treze de Campina Grande, na quarta-feira. "Não me importa que o adversário seja fraco. Gostei da nossa produção", enfatiza. Willian, ganho na base da queda de braço com o Palmeiras, já vai para o banco.
Dias de glória/ Em Bragança, os anos de 1989, 1990 e 1991 são vistos como um período único, cujo ponto mais alto, a despeito da derrota, foi a final contra o São Paulo, em 9 de junho de 1991. O Tricolor de Telê Santana, que seria bicampeão mundial nos dois anos seguintes, teve trabalho para bater o Braga .
Como todo são-paulino, o conselheiro Marco Aurélio Cunha se lembra bem daqueles dois jogos. Mas Marco tem mais um motivo para rememorar aquele dia. O então médico estava no lado do Bragantino.
Por conta de uma briga com dirigentes tricolores, o ex-superintendente de futebol acabou demitido do São Paulo no final de 1989. Marco rumou para Bragança acompanhado do fisioterapeuta Luis Rozan. "O Nabi e o Marquinhos (Chedid) nos acolheram bem, mas o choque foi grande", conta. "Começamos do zero."
Marco se lembra bem do gol do título, de Mário Tilico. "A bola passou sob as pernas do Mauro Silva." Muito amigo dos jogadores do São Paulo, Marco passou por saia-justa na comemoração daquele gol, no Morumbi. "O Mário correu na minha direção, para me sacanear", relembra.
Após os anos de bonança, o Bragantino começou um declínio que, por pouco, não colocou fim ao clube. Parte dessa decadência se deveu ao desligamento de Nabi e Marquinhos do clube, em decorrência de briga familiar. Em 1995, o Braga caiu para a A-2 do Paulista. Em 2002, foi rebaixado à Terceira Divisão do Brasileiro. Em 2004, o fundo do poço: o clube sequer disputou competição nacional.
Marcos Chedid só voltou ao Braga em 2006, para atender a um pedido do pai, feito pouco antes de ele morrer. E, aos poucos, o clube vai renascendo.
De bem com a vida, Carpegiani elogia o elenco
A vitória sobre o Treze e a apresentação do atacante Willian fizeram bem a Carpegiani. Afinal, o treinador revelou ter desejado contratar o jovem jogador desde a primeira vez que o viu.
De bom humor, o técnico abusou dos elogios ao seu time após o treino de ontem, no CT do clube. Até Dagoberto, com quem ele se desentendeu há duas semanas, ganhou afagos. "Ele vem jogando muito bem. Está tudo entendido e superado. E o mais importante é que sua produção não caiu", disse o comandante.
O elogio só não tem mais valor ainda porque veio em um bolo que não poupou quase ninguém. De bem com a vida, o "Carpegiani Paz e Amor" foi só palavras de carinho sobre os seus comandados, a quem chamou de "elenco versátil e cheio de opções."
"Nossos primeiros 15 minutos contra o Treze foram excelentes", disse. Outro ponto elogiado por Carpegiani foi o rendimento físico dos jogadores. "Sei que a minha maneira de escalar a equipe demanda muito dos atletas. Eles precisam marcar pressão, apertando a saída do adversário", reconheceu. "Mas o elenco está respondendo bem. Estou muito satisfeito", completou.
Nem mesmo as perguntas sobre a adoção do esquema com três zagueiros, que o técnico já declarou não gostar, abalaram o seu humor. "A melhor partida do time no ano foi no 3-5-2. Então, não há razão para não adotar o esquema neste momento. Não sou dono da verdade. E olhe que esse esquema nem foi muito treinado pelo grupo", admitiu.
Ficha técnica
São Paulo
3-5-2
Rogério Ceni
Rhodolfo
Miranda
Alex Silva
Jean
Rodrigo Souto
Carlinhos Paraíba
Lucas
Juan
Dagoberto
Fernandinho
T: Carpegiani
Bragantino
3-5-2
Gilvan
Carlinhos
Marcos Aurélio
Everaldo
Nego
Éder
Luciano Sorriso
Paulo Roberto
Julio Cesar
Finazzi
João Sales
T: Marcelo Veiga
PAULISTÃO > SÉRIE A-1 ? 9ª RODADA
Onde: Morumbi, em São Paulo, às 19h30
Juiz: Márcio Henrique de Góis
TV: Pay-per-view
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