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Problemas não intimidam Carpegiani: 'Não tenho dúvida que vamos crescer'

Treinador comemora a volta de Lucas, manda recado aos acomodados e diz que São Paulo tem elenco suficiente para brigar por títulos na temporada 2011

Treinador brinca com a bola no gramado do estádio
Amigão, palco da partida contra o Treze
(Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)

Aos 62 anos de idade, o técnico Paulo César Carpegiani disputará a sua segunda Copa do Brasil pelo São Paulo. E, apesar da distância entre as duas edições (a primeira foi em 1999), o momento pode ser parecido. O time não conquista títulos importantes há dois anos e enfrenta o descrédito de sua própria torcida, que anda desconfiada em 2011 com a irregularidade da equipe, que alterna grandes apresentações e partidas muito ruins. A defesa, que sempre foi o ponto forte da equipe, vive uma crise de identidade, com 12 gols sofridos em seis partidas, enquanto que o ataque se ressente de uma referência.


Paulo César Carpegiani conversa com Carlinhos Paraíba e Fernandinho. Treinador faz ajustes, na busca pela melhora da equipe, que ainda não convenceu na temporada 2011 (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)

Mas o gaúcho de Erechim não se entrega. Com personalidade, diz que o pior já passou. Com a chegada dos garotos da seleção sub-20 e dos reforços contratados, Carpegiani aposta que vai colocar o time nos eixos. E, na véspera da estreia contra o Treze, concedeu entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, onde revelou seus planos. Ele afirma que a volta de Lucas dará uma nova cara ao time, mostra que não é teimoso ao resolver utilizar o esquema 3-5-2 e lembra que a saída de Ricardo Oliveira foi desastrosa para o time. Para finalizar, mostrando que tem pulso firme, mandou um recado aos acomodados. Acompanhe a entrevista abaixo.

GLOBOESPORTE.COM - Como você define a Copa do Brasil?

Paulo César Carpegiani - É uma competição um pouco diferente das outras, porque é tiro curto. Se não me engano, você faz cinco ou seis confrontos, no máximo, e já está disputando o título. Teremos uma partida complicada. Acompanhei o teipe do adversário e vi que é uma equipe muito forte em casa, que joga empurrada por sua torcida. Por isso, precisamos mostrar mais do que nas últimas partidas.

Em 2010, você disse por algumas vezes que não tinha dúvidas de que o time no ano seguinte seria muito mais forte. Mas, observando os oito jogos disputados da equipe, fica claro que isso não é verdade. O que está faltando para esse time decolar?

É verdade, eu falei isso e reconheço que ainda não estamos bem. O problema é que tive problemas na remontagem da equipe. Eu perdi uma peça (Ricardo Oliveira) que me desmontou o esquema, foi traumatizante. Ele estava encaixado e a equipe sabia jogar com ele. Junto a isso, fiquei também sem o Lucas no início do ano (convocado para a seleção sub-20), que fazia muito bem esse lado direito. Agora que ele está de volta, estou começando a remontar o que deu certo no ano passado, com ele aberto de um lado e o Fernandinho do outro. Ainda não é o que penso como ideal, mas não tenho dúvida de que essa equipe tem um grupo suficientemente forte para alcançar ótimos resultados na temporada. Ainda tenho alguns jogadores lesionados, mas pela primeira vez, vejo o grupo com maior número de opções. Não tenho dúvidas de que vamos crescer.
É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.É opinião unânime que o Lucas tem vaga de titular garantido na sua equipe. Mas não é errado depender tanto de um jogador de apenas 18 anos?

Não acho isso. O Lucas é um jogador que teve sua oportunidade e soube aproveitar. Sem dúvida, é uma peça que nos fez falta. A questão de ser garoto não me preocupa, vai ter a chance, se mostrar qualidade, vai jogar e pronto. Ele teve a chance, o William vai ter, o Henrique vai ter, o Casemiro vai ter. Cabe a eles mostrarem quem pode jogar. Eu não tenho preferência por A ou B. Tenho preferência para quem pode me dar a melhor resposta dentro daquilo que eu acho certo.

E a defesa, como fazer para consertar um setor que já tomou 12 gols em seis jogos?

É um número altíssimo e me preocupa. Mas, me preocupa ainda mais o fato de que 95% desses gols sofridos foram falhas nossas, onde tínhamos superioridade numérica em relação ao adversário. Pegue os gols que sofremos contra o Santos. No primeiro, o Elano vem de trás, surge sozinho na área e ninguém acompanha. No segundo, ele domina a bola no meio-campo, tem liberdade para executar o chute e, no rebote, tenho meus três zagueiros posicionados na área e o atacante livre. O Jean estava mais do lado, faltou ele voltar para fazer a recomposição corretamente. Vamos ajustar isso, não temos muito para treinar, mas acho que isso vai melhorar quando o time atingir a compactação que eu acho necessária.

Outro jogador que se destacou muito no Sul-Americano Sub-20 foi o Casemiro. Como está a situação dele? No ano passado, ele era opção no banco de reservas. Isso pode mudar?

Só depende dele. Se você se lembrar, ele jogou comigo contra o Atlético-PR em Barueri, saiu e voltou depois na partida contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, no final do Campeonato Brasileiro. Foi muito mal, não se apresentou para o jogo, esteve lento, sem vontade, só queria jogar com a bola nos pés. Aí você vê ele na seleção, corre dos dois lados, se apresenta, busca a bola. É isso que eu quero. Só que também é preciso ter responsabilidade. Não adianta querer atacar e deixar um buraco na defesa. Volto a dizer, o Casemiro tem muita qualidade, mas precisa me provar que pode jogar. Eu até pensei em utilizá-lo no jogo contra o Treze, mas vou esperar mais um pouco.

Pela primeira vez desde que você reassumiu o grupo, vai utilizar o esquema 3-5-2. Por que a mudança de ideia?

Um dos problemas que eu tenho hoje é que meus dois laterais jogam como alas. Isso me complica bastante. Eu precisaria de tempo para trabalhar essa dinâmica de jogo, mas não tenho. Então vou trabalhando da melhor maneira possível. Se eu perceber que eles não podem fazer isso, vou ter de mexer aí também. No ano passado, isso não me preocupava porque eu tinha o Richarlyson, que fazia muito bem a composição defensiva. Com isso, o Fernandinho tinha mais liberdade para atacar do que hoje. Hoje, ele volta para recompor o setor. Eu vou escalar os três zagueiros no 3-5-2 porque quero que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade para atacar. Ainda vou encaixar um centroavante nessa equipe. De repente, o garoto William (José, que veio do Grêmio Prudente), pode ser a peça que nos faltava.
Mas, ao mudar o esquema, você não está indo contra os seus princípios?

Volto a falar, não gosto do 3-5-2, é um esquema que só é utilizado no futebol brasileiro. Se você for enfrentar uma equipe na Europa com esse esquema, está morto. Mas amanhã, até para que o Lucas e o Fernandinho tenham liberdade total para atacar, vou fazer isso. O adversário é um time que povoa muito o meio-campo, então vou fazer o mesmo.

Qual o maior problema do São Paulo atualmente? Técnico, tático ou de comportamento? Você, em diversas ocasiões, criticou a falta de apetite dessa equipe.

Sem dúvida nenhuma, o que mais me preocupa é a falta de vibração e vou arrumar isso, vou mexer na equipe até achar o que eu quero. É claro que eu preciso respeitar as características dos meus jogadores, mas eles precisam ser mais vibrantes. Se você fosse um jogador de futebol, seria lento e não poderia exigir que você fosse um velocista. Questões táticas ou técnicas você arruma, conserta, consegue fazer o jogador executar. Mas vibração não. Ou você tem, ou você não tem. E isso, no futebol de hoje, faz a diferença. Eu tenho que exigir dos meus jogadores que sejam brigadores, que lutem em campo, que mostrem disposição. E isso está nos faltando em algumas partidas. Vou mexendo até encontrar uma solução para isso.

É difícil encontrar no futebol brasileiro um treinador que seja transparente, que aponta publicamente os erros, que não esconde o treino e não omite escalação.

Sou um cara muito franco, penso que o futebol é melhor executado dessa maneira. Eu não posso agir com os meus jogadores de uma maneira e chegar para vocês da imprensa e falar outra coisa. O que eu não gosto é falta de conhecimento. Por isso, quando alguém vem fazer uma pergunta, é preciso saber o que está falando. Mas não gosto de esconder as coisas, vou procurar ser sempre o mais transparente possível.

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