A entrega da Taça das Bolinhas ao São Paulo pode custar caro à CBF. Enfurecidos com a situação, dirigentes do Flamengo enviaram um ofício à Justiça alegando que a entidade não respeitou uma liminar conseguida pelo clube que suspendia a entrega do troféu. Eles pedem a aplicação de uma multa de R$ 500 mil por descumprimento dadecisão judicial.

São Paulo ignora o Flamengo e recebe a Taça das Bolinhas



O Flamengo, segundo o vice presidente jurídico, Rafael de Piro, ainda vai entrar com um pedido de mandato de busca e apreensão, exigindo que a Taça das Bolinhas seja retirada do Morumbi e retorne à sede da Caixa Econômica Federal, até o julgamento do mérito.

Na manhã de segunda-feira, na sede da Caixa, no Centro da capital paulista, o São Paulo recebeu a polêmica Taça das Bolinhas. O presidente Juvenal Juvêncio pegou a premiação das mãos de Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente do banco. Rogério Ceni, capitão do time atual, e Zetti, goleiro campeão brasileiro pelo clube, acompanharam o dirigente.

De acordo com a CBF, a reivindicação dos advogados do Flamengo não tem fundamento. A entidade alega que a decisão de entregar a taça ao São Paulo não foi dela, mas partiu da diretoria da própria Caixa Econômica, o que a eximiria de qualquer responsabilidade legal. O Flamengo, porém, garante que a medida foi tomada pela CBF.

– Quem tem de ser responsabilizada é a CBF. Por que motivo a Caixa daria a Taça das Bolinhas para o São Paulo se não fosse por um pedido da CBF? – indagou de Piro.

A briga judicial vai estremecer ainda mais a relação do Flamengo com a CBF, que já não era das melhores à época da gestão de Marcio Braga e se manteve em rota de colisão desde que Patricia Amorim virou presidente do Flamengo. Na eleição do Clube dos 13, o RubroNegro votou contra o candidato apoiado por Ricardo Teixeira, o expresidente do próprio Fla Kléber Leite. Isso teria influenciado a decisão da entidade pró-São Paulo.