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A taça é dele :Presidente do SP, Juvenal Juvêncio usa a Taça das Bolinhas para se promover

De olho na segunda reeleição, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, usa a Taça das Bolinhas para se promover. Flamengo ainda quer o troféu

Nenhum torcedor são-paulino tinha mais motivos para comemorar o recebimento da polêmica Taça das Bolinhas, nesta segunda-feira, em São Paulo, do que Juvenal Juvêncio. De olho em sua segunda reeleição, o presidente do Tricolor transformou em um comício político o evento de entrega do troféu, dado ao primeiro time cinco vezes campeão brasileiro.

"Primeiro, vou exibir a taça, me deliciar com ela e fazer um merchandising", afirmou Juvenal. "Depois, preciso arrumar um lugar que ainda não escolhi para ela, já que a nossa sala de troféus está cheia."

Sem receio algum, o dirigente deixou claro o quanto se considerava merecedor do troféu formado por 156 bolinhas. Ele enfatizou que fez parte da maior parte das cinco primeiras conquistas brasileiras do Tricolor (1977, 86, 91, 2006, 2007). O time do Morumbi ainda ganhou o Brasileirão em 2008.

"Metade das bolinhas fui eu quem ganhei. A outra metade pode ser do Rogério Ceni. Eu era diretor de futebol em 1986, montei o time campeão em 1991 e era o presidente em 2006 e 2007", gabou-se Juvenal.

Apesar disso, o mandatário tricolor tentou negar que estava usando o momento para fazer propaganda política. "Não tem nada a ver com reeleição. Isso aqui é um fato histórico. É um troféu que nos pertence e estamos levando para a nossa casa", afirmou Juvêncio.
Na justiça / Desde 1992, quando conquistou o seu quinto título nacional, o Flamengo luta para receber a Taça das Bolinhas. Mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não considera o clube carioca campeão brasileiro de 1987, porque o Rubro-Negro se recusou a disputar uma final contra o Sport, campeão do Módulo Verde, espécie de Segunda Divisão da Copa União, competição vencida pelo Flamengo.

Como o São Paulo chegou ao quinto título brasileiro em 2007, a CBF passou a tratar o time do Morumbi como o primeiro penta do país. Mas o Fla não aceita o parecer e briga na Justiça. Os rubro-negros até conseguiram uma liminar impedindo que a Caixa entregasse nesta segunda-feira a Taça das Bolinhas. Mas a decisão foi ignorada.

"O Flamengo vai comunicar na Justiça que a liminar não foi cumprida. É um absurdo. A CBF, inclusive, fica em maus lençóis e vai ter de arcar com a multa de R$ 500 mil (assim como a Caixa)", reclamou o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael Piro.

O banco passou a responsabilidade para o São Paulo, que se diz respaldado por uma decisão judicial favorável ao Sport. A CBF não se pronunciou sobre o assunto.


Dirigente recorre ao apoio de ex-governador
Uma reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo, marcada para esta terça, vai aprovar uma mudança no estatuto do clube. A iniciativa servirá para legalizar a tentativa de Juvenal Juvêncio de conseguir a segunda reeleição.

No cargo desde 2006, o cartola poderá ser eleito, em abril, para mais três anos de mandato. Apesar de criticado por seu continuísmo no clube, Juvenal não está nem aí para os opositores.

"Acho justíssimo. O São Paulo precisa da competência que está tendo", afirmou o dirigente, que não confirma oficialmente a sua candidatura, mas também não faz questão de negar. "Não sou candidato ainda, não sei se serei. Se for, será justo."

Aos críticos e conselheiros indecisos, Juvenal evoca o exemplo do ex-governador de São Paulo Laudo Natel, presidente do Tricolor por 16 anos, entre 1958 e 72. "O governador Laudo ficou lá por 14 anos. Pergunte se não foi bom para o Morumbi... Sem ele, o Morumbi não existiria", sustentou Juvêncio, explicando que Natel foi o articulador da construção do estádio são-paulino, inaugurado em 1960.

Ainda atuante no clube, a despeito dos 90 anos de idade, Natel esteve nesta segunda-feira na entrega da Taça das Bolinhas e incorporou bem o papel de principal cabo eleitoral de Juvenal.

"Sou um dos que mais luta pela reeleição dele. É preciso tempo para trabalhar. Eu tive esse tempo", comentou o cardeal da política tricolor.

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