Sergio Mota

Sem dinheiro para grandes investimentos, o São Paulo terá um time bem renovado no ano que vem e a maioria dos jogadores virá mesmo das categorias de base. Paulo César Carpegiani acompanhará o desempenho da equipe na Copa São Paulo de Futebol Júnior para promover mais alguns garotos.

No ano passado, vários foram lançados. Zé Vitor, Casemiro, Bruno Uvini e Lucas – este o que mais se destacou – foram alguns deles. No ano que vem, mais caras novas serão apresentadas para a torcida são-paulina.

Quatro jogadores que atuaram no time vice-campeão do Paulista Sub-17 agradaram ao treinador e devem ganhar chance no time principal: o lateral-direito Lucas Farias, o volante Rodrigo e os atacantes Lucas Piazon e Patrick.

Situação mais confortável vive Lucas Farias. A lateral direita é uma posição carente no Tricolor há anos. Jean vem atuando no setor, mas é volante de origem. Curiosamente, Lucas Farias também é volante, mas tem dado conta do recado. Tanto que foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-17.

“Espero aproveitar essa vaga em aberto no time principal, para ficar em definitivo no time”, disse o garoto de 17 anos, que será uma das estrelas da equipe na disputa da Copinha.

Carpegiani está disposto a contar com a garotada. Tanto que a lista de reforços que ele passou para a diretoria não tem medalhões. O diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, sonha em ter um camisa 10 de peso, mas ainda é apenas uma vontade.

“Preciso de reforços que cheguem para jogar. Tendo um time titular forte, posso reforçar o elenco com a garotada, que tem muita qualidade”, explica Carpegiani, que vai se reunir com Sérgio Baresi, técnico do time na Copa São Paulo, logo após o encerramento da competição.

O São Paulo se acostumou a investir em contratações nos últimos anos e dar poucas oportunidades para os garotos da base. Mas a situação agora é outra.

Alguns dirigentes atribuem, longe dos microfones, a culpa pela base ter sido pouco explorada ao ex-técnico Muricy Ramalho, que não tinha paciência para testar a molecada. Por outro lado, os mesmos críticos do ex-treinador admitem que a safra anterior, formada por Sérgio Mota, Mazola, entre outros, era fraca e que a atual vale a pena investir.