Pilares do tri: Amoroso, Mineiro e Lugano foram apostas certeiras da diretoria são-paulina
Como transformar um time desacreditado e rotulado de 'amarelão' pelos adversários em sinônimo de títulos? A dúvida que pairava na cabeça dos dirigentes são-paulinos começou a ser solucionada em 2003, ano em que Juvenal Juvêncio assumiu a diretoria de futebol para trabalhar ao lado do então presidente Marcelo Portugal Gouvêa.
O primeiro semestre daquele ano foi manchado por fracassos: comandados por Oswaldo de Oliveira, Kaká, Luis Fabiano e companhia deram sequência a uma sina que marcou a transição entre os anos 90 e 2000 e perderam a decisão do Campeonato Paulista para o Corinthians. Na Copa do Brasil, que poderia levar o clube de volta à Libertadores, caíram nas quartas de final, eliminados em casa pelo Goiás.
Após o fracasso, Oswaldo de Oliveira deixou o cargo e deu lugar à contestada dupla formada por Roberto Rojas, ex-preparador de goleiros do clube, e Milton Cruz, auxiliar técnico. Hostilizado por parte da torcida, Kaká deixou o Morumbi rumo ao Milan exatamente na metade do Brasileirão, competição que marcaria um recomeço na história do clube.
Bancados pela diretoria, Rojas e Milton Cruz - com valoroso auxílio dos gols marcados por Luis Fabiano - deixaram o São Paulo de Lugano, Jean, Rico, Adriano, Souza, Kleber e Diego Tardelli na terceira colocação, garantindo o retorno à Libertadores depois de dez anos de ausência. Como aperitivo, a equipe chegou à semifinal da Copa Sul-americana e acabou derrotada nos pênaltis para o River Plate após quase conquistar uma virada histórica no Morumbi.
Presidente à época, Portugal Gouvêa foi condecorado pelo governador Geraldo Alckmin
Para o "Projeto Libertadores", Juvenal Juvêncio apostou no técnico Cuca e em três de seus comandados no Goiás: Fabão, Danilo e Grafite. Também chegaram Cicinho (Atlético-MG), Rodrigo (Ponte Preta), Jean (Ponte Preta), Marquinhos (Paraná) e Vélber (Paysandu).
Com essa base, a equipe fracassou ante o São Caetano de Muricy Ramalho após realizar a melhor campanha da primeira fase do Paulistão, mas chegou às semifinais da Libertadores (perdeu para o Once Caldas, da Colômbia) e terminou novamente na terceira colocação do Brasileirão, conquistando vaga na competição continental mais uma vez. Cuca, porém, não resistiu até o fim do ano e deu lugar a Emerson Leão.
A fim de fortalecer o grupo para 2005, Juvenal agiu novamente e acertou com Mineiro (São Caetano), Josué (Goiás) e Luizão (sem clube). Os três uniram-se ao lateral esquerdo Júnior, que havia retornado do futebol italiano no fim de 2004.
Com facilidade, a equipe sagrou-se campeã paulista e garantiu a classificação às oitavas de final da Libertadores sob o comando de Leão, que deixou o clube rumo ao futebol japonês e abriu espaço para Paulo Autuori. O ex-técnico da seleção peruana trabalhou bem com a base sólida montada por Juvenal e Gouvêa e conquistou a América com uma campanha impecável nos mata-matas, contando com a chegada providencial de Amoroso, dias antes das semifinais.
Dos titulares campeões, só Ceni e Edcarlos não foram contratados por Gouvêa e Juvenal
"Nós amargamos a inexperiência em 2004, mas aquela base estava pronta e, com algumas peças, conquistou os títulos em 2005. O Juvenal foi muito importante nesse processo, assim como o Milton Cruz e o Marcelo Portugal Gouvêa, que foi muito, muito importante. O Paulo Autuori também planejou muito bem o time", lembra Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol são-paulino.
Classificada ao Mundial, a equipe ignorou o segundo semestre e fez campanha fraca no Brasileirão. Com o reforço de Aloisio, contratado do Atlético-PR, venceu o Al-Ittihad com dificuldades, mas superou o Liverpool com incrível aplicação tática e suportando enorme pressão, numa clara demonstração de que o entrosamento e a experiência de seus jogadores, a maioria deles atingindo naquele ano o auge de suas carreiras, deu resultado.
Dos 12 atletas que entraram em campo no Mundial de Clubes, apenas Rogério Ceni e Edcarlos - que passaram pelas categorias de base - não foram contratados por aquela diretoria. Lugano chegou em 2003; Cicinho, Fabão, Danilo, Júnior e o reserva Grafite, em 2004; Mineiro, Josué, Amoroso e Aloisio, em 2005.
"Todos dizem que (a melhor contratação) foi o Amoroso, mas foi o conjunto. O gol de placa foi ter tido a coragem da renovação completa", declarou Juvenal, à Revista Oficial do São Paulo, dias depois do tri.
Em 2006, Juvenal Juvêncio assumiu a presidência do clube e continuou a trajetória de sucesso com o tricampeonato brasileiro, sendo que o título de 2008 foi dedicado pelo capitão Rogério Ceni a Marcelo Portugal Gouvêa, que faleceu pouco antes daquela conquista. "Tenho certeza que ele está vendo tudo isso de um lugar muito melhor", declarou o goleiro na ocasião.
Como transformar um time desacreditado e rotulado de 'amarelão' pelos adversários em sinônimo de títulos? A dúvida que pairava na cabeça dos dirigentes são-paulinos começou a ser solucionada em 2003, ano em que Juvenal Juvêncio assumiu a diretoria de futebol para trabalhar ao lado do então presidente Marcelo Portugal Gouvêa.
O primeiro semestre daquele ano foi manchado por fracassos: comandados por Oswaldo de Oliveira, Kaká, Luis Fabiano e companhia deram sequência a uma sina que marcou a transição entre os anos 90 e 2000 e perderam a decisão do Campeonato Paulista para o Corinthians. Na Copa do Brasil, que poderia levar o clube de volta à Libertadores, caíram nas quartas de final, eliminados em casa pelo Goiás.
Após o fracasso, Oswaldo de Oliveira deixou o cargo e deu lugar à contestada dupla formada por Roberto Rojas, ex-preparador de goleiros do clube, e Milton Cruz, auxiliar técnico. Hostilizado por parte da torcida, Kaká deixou o Morumbi rumo ao Milan exatamente na metade do Brasileirão, competição que marcaria um recomeço na história do clube.
Bancados pela diretoria, Rojas e Milton Cruz - com valoroso auxílio dos gols marcados por Luis Fabiano - deixaram o São Paulo de Lugano, Jean, Rico, Adriano, Souza, Kleber e Diego Tardelli na terceira colocação, garantindo o retorno à Libertadores depois de dez anos de ausência. Como aperitivo, a equipe chegou à semifinal da Copa Sul-americana e acabou derrotada nos pênaltis para o River Plate após quase conquistar uma virada histórica no Morumbi.
Presidente à época, Portugal Gouvêa foi condecorado pelo governador Geraldo Alckmin
Para o "Projeto Libertadores", Juvenal Juvêncio apostou no técnico Cuca e em três de seus comandados no Goiás: Fabão, Danilo e Grafite. Também chegaram Cicinho (Atlético-MG), Rodrigo (Ponte Preta), Jean (Ponte Preta), Marquinhos (Paraná) e Vélber (Paysandu).
Com essa base, a equipe fracassou ante o São Caetano de Muricy Ramalho após realizar a melhor campanha da primeira fase do Paulistão, mas chegou às semifinais da Libertadores (perdeu para o Once Caldas, da Colômbia) e terminou novamente na terceira colocação do Brasileirão, conquistando vaga na competição continental mais uma vez. Cuca, porém, não resistiu até o fim do ano e deu lugar a Emerson Leão.
A fim de fortalecer o grupo para 2005, Juvenal agiu novamente e acertou com Mineiro (São Caetano), Josué (Goiás) e Luizão (sem clube). Os três uniram-se ao lateral esquerdo Júnior, que havia retornado do futebol italiano no fim de 2004.
Com facilidade, a equipe sagrou-se campeã paulista e garantiu a classificação às oitavas de final da Libertadores sob o comando de Leão, que deixou o clube rumo ao futebol japonês e abriu espaço para Paulo Autuori. O ex-técnico da seleção peruana trabalhou bem com a base sólida montada por Juvenal e Gouvêa e conquistou a América com uma campanha impecável nos mata-matas, contando com a chegada providencial de Amoroso, dias antes das semifinais.
Dos titulares campeões, só Ceni e Edcarlos não foram contratados por Gouvêa e Juvenal
"Nós amargamos a inexperiência em 2004, mas aquela base estava pronta e, com algumas peças, conquistou os títulos em 2005. O Juvenal foi muito importante nesse processo, assim como o Milton Cruz e o Marcelo Portugal Gouvêa, que foi muito, muito importante. O Paulo Autuori também planejou muito bem o time", lembra Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol são-paulino.
Classificada ao Mundial, a equipe ignorou o segundo semestre e fez campanha fraca no Brasileirão. Com o reforço de Aloisio, contratado do Atlético-PR, venceu o Al-Ittihad com dificuldades, mas superou o Liverpool com incrível aplicação tática e suportando enorme pressão, numa clara demonstração de que o entrosamento e a experiência de seus jogadores, a maioria deles atingindo naquele ano o auge de suas carreiras, deu resultado.
Dos 12 atletas que entraram em campo no Mundial de Clubes, apenas Rogério Ceni e Edcarlos - que passaram pelas categorias de base - não foram contratados por aquela diretoria. Lugano chegou em 2003; Cicinho, Fabão, Danilo, Júnior e o reserva Grafite, em 2004; Mineiro, Josué, Amoroso e Aloisio, em 2005.
"Todos dizem que (a melhor contratação) foi o Amoroso, mas foi o conjunto. O gol de placa foi ter tido a coragem da renovação completa", declarou Juvenal, à Revista Oficial do São Paulo, dias depois do tri.
Em 2006, Juvenal Juvêncio assumiu a presidência do clube e continuou a trajetória de sucesso com o tricampeonato brasileiro, sendo que o título de 2008 foi dedicado pelo capitão Rogério Ceni a Marcelo Portugal Gouvêa, que faleceu pouco antes daquela conquista. "Tenho certeza que ele está vendo tudo isso de um lugar muito melhor", declarou o goleiro na ocasião.
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