Nas últimas temporadas, o cenário tem se repetido quase sempre da mesma maneira. No mês de transferências entre o fim do Campeonato Brasileiro e o início do Paulistão, o São Paulo vai atrás de um camisa 10, peça inexistente no elenco, mas acaba desistindo por não encontrar um nome que atenda às exigências do time e seja, ao mesmo tempo, financeiramente acessível.

Em 2011, a mesma novela já começou, mas com a expectativa de ter final diferente. A diretoria de futebol sabe que a chegada de um meia com qualidade suficiente para ser titular é uma das prioridades do técnico Paulo César Carpegiani. E para concretizar a contratação de um jogador de renome, pode pela primeira vez fazer um investimento pesado baseado em parcerias, prática que já vem se tornando comuns em outros clubes.


Wagner fez sucesso no Cruzeiro e interessa ao São Paulo. Ele está na Rússia

Mas se os nomes dos candidatos a assumirem a camisa 10 ainda são mantidos em sigilo - Wagner, ex-Cruzeiro e atualmente no Lokomotiv, da Rússia, seria o nome com negociação mais avançada -, o mistério em relação às empresas que poderiam colaborar financeiramente nas negociações também é grande. Apenas o BMG, patrocinador de camisa do São Paulo, é reconhecido como opção.

“[O BMG] é uma possibilidade. Nós temos uma ligação forte com eles e de repente pode ser, mas não estamos nos restringindo a eles. Não faz muito sentido abrir essas coisas. Por enquanto são só hipóteses. Vamos materializar esse assunto, aí a gente pode falar de nomes”, disse ao iG o diretor de futebol do São Paulo João Paulo de Jesus Lopes.

O atual patrocínio do banco mineiro ao clube do Morumbi vai até o início do segundo semestre de 2011, mas o dirigente afirma que existe uma “firme disposição” para que seja prorrogado, o que poderia facilitar novos acordos envolvendo jogadores, coisa que o BMG já faz com outras equipes do futebol brasileiro.

Ainda em relação à busca pelo camisa 10, o discurso dos cartolas são-paulinos mostram que uma novidade em relação ao assunto pode demorar. “É um trabalho de médio prazo. Nós estamos vendo alternativas, mobilizando eventuais parceiros, mas não é algo que a gente vai definir imediatamente”,afirma João Paulo.

“Em geral, estamos abertos a todas as possibilidades, mas não estamos conversando ainda, estamos analisando. Existem uma série de fatores que indicam se existe alguma efetiva possibilidade de evoluir”, diz o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.