Autuori não perdeu os freios no comando do São Paulo, no Mundial (Divulgação)
Os jogos às 8h20, contra Al-Ittihad (SAU) e Liverpool (ING), até podem ter dado preguiça em quem assistia pela televisão. Mas, em 2005, apenas torcedores sofreram com o sono. Isso porque os atletas do São Paulo chegaram ao Japão preparados para o fuso diferente (11 horas a mais, já que o Brasil adota horário de verão em dezembro).
O maior aliado da comissão técnica foi o Instituto do Sono, referência em diagnósticos e pesquisas sobre o tema. Após as palestras ministradas pelo educador físico Marco Túlio de Mello, a comissão técnica saiu do Brasil preparada. E preocupada, apenas, com as decisões.
– As maiores dificuldades que tivemos foram os adversários. Para tratar da questão do fuso, o Instituto do sono nos deu dicas preciosas para acelerar o processo de adaptação, inclusive durante o voo. Foi um aspecto importante da preparação e nos ajudou muito – recordou o técnico Paulo Autuori, por e-mail, em entrevista ao LANCENET!.
O voo teve início na segunda-feira às 21h (horário de Brasília), fez escala em Frankfurt (ALE) e pousou em Tóquio (JAP) às 9h de quarta-feira (no horário do Japão): cerca de 25 horas de viagem.
– A preocupação era que, na primeira etapa da viagem, ninguém dormisse. Depois, usamos um indutor de sono, a melatonina, para que os jogadores dormissem quando era noite no Japão, mas dia no Brasil – explicou Turíbio Leite de Barros, fisiologista do clube até o julho deste ano, hoje no Pinheiros.
Pouco depois de darem entrada no hotel, a ordem era dormir, mas só à noite. Um treino leve, para manter o grupo acordado, já estava programado. A estratégia deu certo e, em poucos dias, o fuso horário havia sido derrotado pelo Tricolor.
– Tínhamos a preocupação de não deixar a parte física prevalecer. A equipe do Liverpool estava na metade da temporada e nós, em fim de temporada. Se igualássemos na parte física, o individual iria prevalecer – destacou o técnico.
Sem cochilar, o São Paulo passou pelos adversários e conquistou o tão sonhado tricampeonato mundial. De volta ao Brasil, os jogadores puderam dormir tranquilos, já que a tarefa estava cumprida. Mas só depois de muita comemoração.
MEMÓRIAS DE PAULO AUTUORI SOBRE OS ADVERSÁRIOS
São Paulo 3x2 Al-Ittihad
"Eles entraram como franco-atiradores. Sem nada a perder.
A ansiedade pela estreia e as pessoas falando só da possível final contra o Liverpool nos atrapalharam. Mas os jogadores passaram bem por isso."
São Paulo 1x0 Liverpool
"Os jogadores do time deles não desistiam do gol, tentaram empatar a partida até o último minuto. Mas os nossos atletas fizeram uma bela partida, vencemos e saímos campeões mundiais."
Os jogos às 8h20, contra Al-Ittihad (SAU) e Liverpool (ING), até podem ter dado preguiça em quem assistia pela televisão. Mas, em 2005, apenas torcedores sofreram com o sono. Isso porque os atletas do São Paulo chegaram ao Japão preparados para o fuso diferente (11 horas a mais, já que o Brasil adota horário de verão em dezembro).
O maior aliado da comissão técnica foi o Instituto do Sono, referência em diagnósticos e pesquisas sobre o tema. Após as palestras ministradas pelo educador físico Marco Túlio de Mello, a comissão técnica saiu do Brasil preparada. E preocupada, apenas, com as decisões.
– As maiores dificuldades que tivemos foram os adversários. Para tratar da questão do fuso, o Instituto do sono nos deu dicas preciosas para acelerar o processo de adaptação, inclusive durante o voo. Foi um aspecto importante da preparação e nos ajudou muito – recordou o técnico Paulo Autuori, por e-mail, em entrevista ao LANCENET!.
O voo teve início na segunda-feira às 21h (horário de Brasília), fez escala em Frankfurt (ALE) e pousou em Tóquio (JAP) às 9h de quarta-feira (no horário do Japão): cerca de 25 horas de viagem.
– A preocupação era que, na primeira etapa da viagem, ninguém dormisse. Depois, usamos um indutor de sono, a melatonina, para que os jogadores dormissem quando era noite no Japão, mas dia no Brasil – explicou Turíbio Leite de Barros, fisiologista do clube até o julho deste ano, hoje no Pinheiros.
Pouco depois de darem entrada no hotel, a ordem era dormir, mas só à noite. Um treino leve, para manter o grupo acordado, já estava programado. A estratégia deu certo e, em poucos dias, o fuso horário havia sido derrotado pelo Tricolor.
– Tínhamos a preocupação de não deixar a parte física prevalecer. A equipe do Liverpool estava na metade da temporada e nós, em fim de temporada. Se igualássemos na parte física, o individual iria prevalecer – destacou o técnico.
Sem cochilar, o São Paulo passou pelos adversários e conquistou o tão sonhado tricampeonato mundial. De volta ao Brasil, os jogadores puderam dormir tranquilos, já que a tarefa estava cumprida. Mas só depois de muita comemoração.
MEMÓRIAS DE PAULO AUTUORI SOBRE OS ADVERSÁRIOS
São Paulo 3x2 Al-Ittihad
"Eles entraram como franco-atiradores. Sem nada a perder.
A ansiedade pela estreia e as pessoas falando só da possível final contra o Liverpool nos atrapalharam. Mas os jogadores passaram bem por isso."
São Paulo 1x0 Liverpool
"Os jogadores do time deles não desistiam do gol, tentaram empatar a partida até o último minuto. Mas os nossos atletas fizeram uma bela partida, vencemos e saímos campeões mundiais."
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