Há exatos cinco anos, o São Paulo entrava em campo no estádio Nacional, em Tóquio, no Japão, para derrotar o Al-Ittihad por 3 a 2 e dar o primeiro dos dois passos que levariam à conquista do tricampeonato do Mundial de Clubes da Fifa.
O primeiro passo também do atacante Aloísio na vitoriosa passagem dele pelo Tricolor. E que início! Contratado do Atlético Paranaense no último dia de inscrições, o camisa 14 foi o escolhido pelo técnico Paulo Autuori para fazer dupla com o badalado Amoroso, ganhando a disputa com Grafite, Christian e o jovem Thiago Ribeiro.
– Começar como titular foi uma alegria e uma emoção muito grandes. O professor Autuori me colocou, mas sabíamos que se não desse certo, a crítica seria enorme em cima de mim. Ainda bem que deu, conseguimos uma vitória muito importante – destacou, por telefone, em entrevista ao LANCENET!.
Vitória que contou com grande participação de Aloísio. Inicialmente pelo lado direito do campo, e depois pela esquerda, ele abriu espaço para que Amoroso, autor de dois gols na vitória contra os árabes, se destacasse. No segundo, inclusive, foi ele quem lançou para o lateral-direito Cicinho cruzar na medida para o colega artilheiro.
Apesar de não ter feito gols, ele foi também decisivo ao sofrer o pênalti cometido pelo zagueiro Tukar e convertido por Rogério Ceni.
Não tinha como o torcedor são-paulino não se identificar com um atleta brigador como Chulapa. Nem mesmo um resfriado, contraído por conta da baixa temperatura no país nipônico e que o tirou do último treinamento antes da decisão contra o Liverpool (ING), em Yokohama (JAP), o barrou.
Presença mais do que fundamental. Esbanjando saúde e talento, Aloísio enfiou a bola na medida para Mineiro marcar o único gol do jogo da final. Gol do título e do tri.
– Posso tentar cem vezes que não conseguirei dar um passe igual àquele. Fui o Ronaldinho paraguaio – diz, com bom humor.
Dali até 2008, três títulos brasileiros foram conquistados pelo centroavante, que disputou a última temporada pelo Brasiliense. Peça importante no time de Autuori. E na história do tricampeonato.
Bate-Bola com Aloísio
Ao LANCENET!
LANCENET!: O ano de 2005 foi marcante para você, não é? Um vice de Libertadores e uma conquista de Mundial...
ALOÍSIO: Apesar de ter perdido o título da Libertadores para o próprio São Paulo, pelo Atlético-PR, ir disputar o Mundial era uma coisa que nunca tinha pensado.
LANCENET!: Com tantos atacantes, como tornou-se titular?
ALOÍSIO: Eram quatro para um lugar, já que o Amoroso já tinha vaga. Fui bem nos coletivos no Japão e o Autuori optou por mim. Soube que iria jogar só na reunião antes do jogo. Estava me preparando para fazer o melhor e consegui.
LANCENET!: E se tornou ídolo...
ALOÍSIO: Fomos campeões e tive oportunidade de ficar por mais três anos. Foi só alegria, o São Paulo jamais vai sair da minha vida.
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