De Vitor Birner
“O projeto de estádio do Corinthians ainda não tem previsão de dinheiro para construir seus 65 mil lugares, nem a chancela da Fifa. Mas a arena em Itaquera já conseguiu a indicação do COL (Comitê Organizador Local) para ser a abertura da Copa-2014.
A decisão tem o aval do governo e da Prefeitura de São Paulo, que oficializaram o local para o Mundial.
É verdade que o COL fez uma ressalva: a arena corintiana só será confirmada na abertura se obtiver todo o dinheiro sem ajuda da Fifa. E seu projeto ainda terá de passar pelo crivo da entidade.
Mas o comitê não indicou o Morumbi à abertura quando este passava por escrutínio da Fifa e tentava levantar dinheiro para reformas”
http://noticias.bol.uol.com.br/esporte/2010/11/09/itaquerao-e-escolhido-para-abrir-copa-mesmo-sem-garantia-financeira-para-ampliar-arquibancada.jhtm
O trecho entre aspas foi colado da reportagem de hoje da Folha de São Paulo.
Está clara a boa vontade das autoridades com o projeto de Itaquera.
O presidente Andrés Sanchez, com razão, afirma que o clube não vai se endividar para sediar jogos da Copa do Mundo.
O Governo Paulista disse que não vai botar dinheiro público.
Fifa e CBF não disseram que vão bancar a obra de ampliação do Fielzão.
A Odebrecht tampouco.
Mesmo assim, não há restrição alguma. Apenas pendências.
Ricardo teixeira explicou na entrevista coletiva de ontem.
- Agora vamos seguir protocolarmente o que vai acontecer com os outros estádios. Receberemos nos próximos dias o projeto e iremos tratar com os arquitetos eventuais modificações. Depois de aprovado, virão as garantias financeiras, o que acontecerá com todas as arenas, falou o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo.
A decisão, oficialmente tomada na reunião de ontem do Comitê Paulista, desprezou a falta de garantias financeiras.
Achei estranha a aprovação.
Acompanhei, dentro do possível, passo a passo o “não” ao Morumbi.
Não confio na minha memória. Eu achava que o São Paulo fora obrigado a apresentar garantias finaceiras antes do projeto ser enviado ao Comitê Organizador.
Liguei para José Francisco Manssur, advogado contratado pelo São Paulo para cuidar das questões legais da
candidatura, e ele me confirmou que foram cobradas garantias financeiras pelo Comitê Paulista.
Logo depois, para confirmar, entrei em contato com a assessoria de imprensa de Francisco Vidal Luna, secretário de Planejamento de São Paulo e coordenador do comitê paulista para a competição. Depois da saída de Caio Carvalho, ele, segundo José Francisco Manssur, avaliou as garantias do Morumbi.
Eu queria falar com o próprio secretário e não consegui.
A Camila, assessora de imprensa dele, ficou de fazer as minhas perguntas.
Dexei duas: a candidatura do Morumbi teve que apresentar garantias financeitas antes do Comitê Paulista enviar o projeto ao COL? Caso sim, qual a razão do tratamento desigual?
Gentil, a Camila me retornou a ligação após 57 minutos com a palavra oficial:
- No caso do Morumbi foi aprovado primeiro o projeto de engenharia e enviado à CBF/FIFA (COL- Comitê Organizador Local) que cobrou as garantias financeiras, falou.
Perguntei de novo mais duas vezes: – Então não foram exigidas garantias financeiras antes do envio do projeto ao COL?
Ela reafirmou a negativa do secretádio
Agradeci e liguei outra vez para José Francisco Manssur. Queria declaração oficial dele, pois tinha outra bem diferente do secretário e não tenho como saber quem diz a verdade.
Ele manteve o discurso, deu detalhes e mandou dois ofícios ( o do São Paulo para o Comitê Paulista, e outro do Comitê Paulista para o COL), um deles assinado pelo secretário Francisco Vidal Luna.
- O COL determinou que todas as cidades deveriam apresentar as garantias das obras dos estádios até o dia 14 de junho de 2010. No dia 8 de junho, o SPFC fez uma reunião com o Comitê Paulista no Palácio dos Bandeirantes. Nessa reunião, SPFC e Comitê Paulista concordaram que não seria minimamente responsável para o SPFC se comprometer com o financiamento do projeto que o COL impôs ao SPFC no valor de R$ 630 milhões. Nessa mesma reunião o SPFC apresentou para o Comitê Paulista um novo projeto para 64 mil pessoas, orçado em R$ 250 milhões. O Comitê Paulista concordou em enviar esse novo projeto para o COL, porém, o Presidente do Comitê Paulista, Secretário Francisco Luna, determinou que o Comitê Paulista somente iria enviar o novo projeto ao COL, caso o SPFC apresentasse as garantias para esse novo projeto, o que deveria ser feito também até o dia 14 de junho, contou Manssur.
Curiosidades
No documento abaixo constam os nomes das empresas (Visa, Banco Rendimento, Camargo Correa e Philips) que garantiriam a obra de R$250 milhões.
Este projeto, vale lembrar, foi rejeitado pelo COL que pretendia ver o de R$630 milhões implementado.
Eis os ofícios
“O projeto de estádio do Corinthians ainda não tem previsão de dinheiro para construir seus 65 mil lugares, nem a chancela da Fifa. Mas a arena em Itaquera já conseguiu a indicação do COL (Comitê Organizador Local) para ser a abertura da Copa-2014.
A decisão tem o aval do governo e da Prefeitura de São Paulo, que oficializaram o local para o Mundial.
É verdade que o COL fez uma ressalva: a arena corintiana só será confirmada na abertura se obtiver todo o dinheiro sem ajuda da Fifa. E seu projeto ainda terá de passar pelo crivo da entidade.
Mas o comitê não indicou o Morumbi à abertura quando este passava por escrutínio da Fifa e tentava levantar dinheiro para reformas”
http://noticias.bol.uol.com.br/esporte/2010/11/09/itaquerao-e-escolhido-para-abrir-copa-mesmo-sem-garantia-financeira-para-ampliar-arquibancada.jhtm
O trecho entre aspas foi colado da reportagem de hoje da Folha de São Paulo.
Está clara a boa vontade das autoridades com o projeto de Itaquera.
O presidente Andrés Sanchez, com razão, afirma que o clube não vai se endividar para sediar jogos da Copa do Mundo.
O Governo Paulista disse que não vai botar dinheiro público.
Fifa e CBF não disseram que vão bancar a obra de ampliação do Fielzão.
A Odebrecht tampouco.
Mesmo assim, não há restrição alguma. Apenas pendências.
Ricardo teixeira explicou na entrevista coletiva de ontem.
- Agora vamos seguir protocolarmente o que vai acontecer com os outros estádios. Receberemos nos próximos dias o projeto e iremos tratar com os arquitetos eventuais modificações. Depois de aprovado, virão as garantias financeiras, o que acontecerá com todas as arenas, falou o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo.
A decisão, oficialmente tomada na reunião de ontem do Comitê Paulista, desprezou a falta de garantias financeiras.
Achei estranha a aprovação.
Acompanhei, dentro do possível, passo a passo o “não” ao Morumbi.
Não confio na minha memória. Eu achava que o São Paulo fora obrigado a apresentar garantias finaceiras antes do projeto ser enviado ao Comitê Organizador.
Liguei para José Francisco Manssur, advogado contratado pelo São Paulo para cuidar das questões legais da
candidatura, e ele me confirmou que foram cobradas garantias financeiras pelo Comitê Paulista.
Logo depois, para confirmar, entrei em contato com a assessoria de imprensa de Francisco Vidal Luna, secretário de Planejamento de São Paulo e coordenador do comitê paulista para a competição. Depois da saída de Caio Carvalho, ele, segundo José Francisco Manssur, avaliou as garantias do Morumbi.
Eu queria falar com o próprio secretário e não consegui.
A Camila, assessora de imprensa dele, ficou de fazer as minhas perguntas.
Dexei duas: a candidatura do Morumbi teve que apresentar garantias financeitas antes do Comitê Paulista enviar o projeto ao COL? Caso sim, qual a razão do tratamento desigual?
Gentil, a Camila me retornou a ligação após 57 minutos com a palavra oficial:
- No caso do Morumbi foi aprovado primeiro o projeto de engenharia e enviado à CBF/FIFA (COL- Comitê Organizador Local) que cobrou as garantias financeiras, falou.
Perguntei de novo mais duas vezes: – Então não foram exigidas garantias financeiras antes do envio do projeto ao COL?
Ela reafirmou a negativa do secretádio
Agradeci e liguei outra vez para José Francisco Manssur. Queria declaração oficial dele, pois tinha outra bem diferente do secretário e não tenho como saber quem diz a verdade.
Ele manteve o discurso, deu detalhes e mandou dois ofícios ( o do São Paulo para o Comitê Paulista, e outro do Comitê Paulista para o COL), um deles assinado pelo secretário Francisco Vidal Luna.
- O COL determinou que todas as cidades deveriam apresentar as garantias das obras dos estádios até o dia 14 de junho de 2010. No dia 8 de junho, o SPFC fez uma reunião com o Comitê Paulista no Palácio dos Bandeirantes. Nessa reunião, SPFC e Comitê Paulista concordaram que não seria minimamente responsável para o SPFC se comprometer com o financiamento do projeto que o COL impôs ao SPFC no valor de R$ 630 milhões. Nessa mesma reunião o SPFC apresentou para o Comitê Paulista um novo projeto para 64 mil pessoas, orçado em R$ 250 milhões. O Comitê Paulista concordou em enviar esse novo projeto para o COL, porém, o Presidente do Comitê Paulista, Secretário Francisco Luna, determinou que o Comitê Paulista somente iria enviar o novo projeto ao COL, caso o SPFC apresentasse as garantias para esse novo projeto, o que deveria ser feito também até o dia 14 de junho, contou Manssur.
Curiosidades
No documento abaixo constam os nomes das empresas (Visa, Banco Rendimento, Camargo Correa e Philips) que garantiriam a obra de R$250 milhões.
Este projeto, vale lembrar, foi rejeitado pelo COL que pretendia ver o de R$630 milhões implementado.
Eis os ofícios
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