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ASSIM FALOU CARPEGIANI

Depois da emocionante vitória tricolor sobre o Santos, na entrevista coletiva, o técnico Paulo César Carpegiani disse algo que, por certo, entrou por um ouvido e saiu por outra de nossa intrépida brigada da mídia.

Ao ser perguntado sobre o “esquema” ofensivo por ele adotado no São Paulo, o treinador respondeu mais ou menos o seguinte: não se trata de esquema, mas, sim, da forma de distribuir os jogadores em campo, de acordo com suas características e das exigências táticas da equipe.

Antes de mais nada, vale explicar as aspas naquele esquema lá de cima, pois a turma confunde esquema ou sistema de jogo com tática e estratégia.

São coisas diferentes. Esquema é a disposição básica dos jogadores em campo: o WM e suas derivações – 4-2-4, 4-3-3, 4-2-4, 5-3-2 e por aí afora. Tática é o estratagema escolhido pelo treinador para este ou aquele jogo, enquanto estratégia é a planificação a longo prazo de uma campanha por tempo determinado.

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Qualquer esquema pode ser ofensivo ou defensivo, dependendo da escolha dos jogadores que dele farão parte, e do tipo de marcação a ser adotada – mais atrás, à espera do contragolpe; ou, mais á frente, tentando manter a pressão no campo adversário.

Isso é tática, não esquema ou sistema de jogo.

O amigo, a estas alturas, haverá de se perguntar que importância prática têm essas filigranas semânticas. Bem, diz o velho livro que antes reinava o caos no universo. Em primeiro, veio o Verbo. Bem, se a palavra serviu para organizar o cosmos, que dirá neste nosso mundinho da bola.

Digamos que eu resolva dizer que Neymar marcou um gol de cabeça, quando foi com os pés. Ou, chamar de bicicleta um singelo chapéu. E assim por diante. Já imaginou a confa? Voltaríamos, então, ao caos, meu!

Bem, mas onde quero chegar com essa ladainha toda? Simples: mais do que esquemas, táticas ou estratégias, o que prevalece nesses casos é o espírito da coisa e a decisão política do treinador, de acordo com o elenco de que dispõe.

Se o técnico encafifa que deve ter um time jogando mais ofensivamente do que o habitual no futebol brasileiro destes tempos, basta montar o time com jogadores com essa vocação e habilidade – dois laterais que saibam atacar, além de defender; um ou dois volantes que saibam jogar, além de marcar; dois ou três meias de talento, que saibam contribuir no fechamento dos espaços do meio de campo, e dois ou três atacantes que se completem na movimentação ofensiva.

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Se optar por uma marcação mais à frente, tipo Barcelona, por exemplo, sempre estará mais perto da meta adversária, mantendo ao mesmo tempo a bola mais longe de sua própria meta. E assim rola a bola, do jeitinho que ela mais gosta e que nos encantou no passado, encanta hoje e encantará enquanto prevalecer a palavra certa.

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