Lucas Piazon tem contrato até janeiro de 2013 (Crédito: Renato Cordeiro)
Enquanto o São Paulo se rende ao talento de Lucas, ex-Marcelinho, outro garoto luta para recuperar o rótulo de maior promessa do clube dos últimos anos. Trata-se de... Lucas. Ou melhor, L. Piazon.
A batalha, travada agora dentro dos campos, deve-se a uma polêmica ação judicial movida pela família do garoto de 16 anos para tentar se desvincular do Tricolor (entenda o caso mais abaixo).
Cerca de seis meses depois do fim da polêmica, que culminou em um acordo e a reintegração de Piazon às categorias de base do Tricolor, ele aceitou falar com exclusividade com a reportagem do LANCENET! e garantiu: seu pensamento está voltado apenas para o São Paulo.
– Cheguei a pensar que tinha comprometido a minha relação com o São Paulo, mas, felizmente, está tudo certo. Está tudo superado. Ainda vou dar muitas alegrias aos são-paulinos – afirma.
A declaração é compartilhada pelos pais, que residem em Curitiba, mas que, de 15 em 15 dias, visitam São Paulo para acompanhar de perto a promissora carreira do filho.
Aliviados, eles revelam que os quatro meses da briga judicial foi o período mais difícil pelo qual já passaram. A rotina tranquila e bem sucedida virou de pernas para o ar.
– Não tínhamos dimensão de tudo aquilo. Fomos bombardeados. Mas, graças a Deus, tudo voltou ao normal e o Lucas está bem no São Paulo – conta Marizabel, mãe do jogador.
No fim de semana, Piazon foi autor de dois gols na final de um torneio no México com o sub-17, vencido pelo Tricolor. Confiante, ele já sonha em trilhar o caminho do xará mais famoso do time de cima.
– É um ótimo exemplo – admite.
E, com o hoje titular como espelho, ele trabalha dentro e fora de campo para provar que mudou. Que tudo está superado. Não é Lucas?
– Lucas é ele. Agora, quero L. Piazon. É minha marca pessoal.
Quem é?
Lucas Piazon
Atacante
20 de dezembro de 1994 (16 anos), em São Paulo
1,82m e 70kg
Artilheiro nato
Com dez gols, foi o maior goleador do Sul-Americano Sub-17, ano passado, na Bolívia, com a Seleção. Pela amarelinha, tem 24 jogos oficiais e 21 gols marcados.
Entenda o caso que quase tirou Piazon do Sampa
Janeiro de 2010
Lucas faria 16 anos em 20 de janeiro e o contrato de eficácia futura, assinado um ano e meio antes e registrado na CBF sem as assinaturas do jogador e de seu pai, entraria em vigor. Porém, antes de isso ocorrer, a família do garoto agenciado pelo empresário Giuliano Bertolucci entra na Justiça do Trabalho para contestar a validade do documento em questão.
Dois meses de trâmites
Em fevereiro, a desembargadora Sonia Maria Forster do Amaral, do Tribunal Regional do Trabalho, revoga liminar para Lucas, permitindo que o São Paulo registre o contrato assinado pelos pais do atleta quando ele ainda tinha 14 anos. Rapidamente, o Tricolor o registra na CBF.
O acordo e o final feliz
Sem sucesso na Justiça, Antonio Carlos Piazon entra em acordo com a diretoria do São Paulo, e Lucas aceita cumprir o contrato, que vai até 19 de janeiro de 2013. Em Cotia, o jogador volta a disputar campeonatos pelo São Paulo e a ser convocado para a Seleção Brasileira.
Com a palavra
Mattheus
Companheiro de Seleção e filho do ex-atacante bebeto
"O Lucas joga demais. Criamos uma forte amizade tanto dentro quanto fora de campo e espero que dure a carreira inteira. Ele é muito inteligente e isso me ajuda, já que sou meia. Sabe fazer a referência e se movimenta muito bem.
O problema é que ele não toma banho de jeito nenhum (risos). Fiquei no mesmo quarto na concentração duas vezes e tive de mandá-lo tomar banho. Joguei-o no chuveiro, senão não dava para ficar perto.
Mas espero chegar ao profissional do Flamengo e depois, quem sabe, formar dupla de ataque com ele na Seleção principal. Seria um sonho, já que nos conhecemos bem."
Enquanto o São Paulo se rende ao talento de Lucas, ex-Marcelinho, outro garoto luta para recuperar o rótulo de maior promessa do clube dos últimos anos. Trata-se de... Lucas. Ou melhor, L. Piazon.
A batalha, travada agora dentro dos campos, deve-se a uma polêmica ação judicial movida pela família do garoto de 16 anos para tentar se desvincular do Tricolor (entenda o caso mais abaixo).
Cerca de seis meses depois do fim da polêmica, que culminou em um acordo e a reintegração de Piazon às categorias de base do Tricolor, ele aceitou falar com exclusividade com a reportagem do LANCENET! e garantiu: seu pensamento está voltado apenas para o São Paulo.
– Cheguei a pensar que tinha comprometido a minha relação com o São Paulo, mas, felizmente, está tudo certo. Está tudo superado. Ainda vou dar muitas alegrias aos são-paulinos – afirma.
A declaração é compartilhada pelos pais, que residem em Curitiba, mas que, de 15 em 15 dias, visitam São Paulo para acompanhar de perto a promissora carreira do filho.
Aliviados, eles revelam que os quatro meses da briga judicial foi o período mais difícil pelo qual já passaram. A rotina tranquila e bem sucedida virou de pernas para o ar.
– Não tínhamos dimensão de tudo aquilo. Fomos bombardeados. Mas, graças a Deus, tudo voltou ao normal e o Lucas está bem no São Paulo – conta Marizabel, mãe do jogador.
No fim de semana, Piazon foi autor de dois gols na final de um torneio no México com o sub-17, vencido pelo Tricolor. Confiante, ele já sonha em trilhar o caminho do xará mais famoso do time de cima.
– É um ótimo exemplo – admite.
E, com o hoje titular como espelho, ele trabalha dentro e fora de campo para provar que mudou. Que tudo está superado. Não é Lucas?
– Lucas é ele. Agora, quero L. Piazon. É minha marca pessoal.
Quem é?
Lucas Piazon
Atacante
20 de dezembro de 1994 (16 anos), em São Paulo
1,82m e 70kg
Artilheiro nato
Com dez gols, foi o maior goleador do Sul-Americano Sub-17, ano passado, na Bolívia, com a Seleção. Pela amarelinha, tem 24 jogos oficiais e 21 gols marcados.
Entenda o caso que quase tirou Piazon do Sampa
Janeiro de 2010
Lucas faria 16 anos em 20 de janeiro e o contrato de eficácia futura, assinado um ano e meio antes e registrado na CBF sem as assinaturas do jogador e de seu pai, entraria em vigor. Porém, antes de isso ocorrer, a família do garoto agenciado pelo empresário Giuliano Bertolucci entra na Justiça do Trabalho para contestar a validade do documento em questão.
Dois meses de trâmites
Em fevereiro, a desembargadora Sonia Maria Forster do Amaral, do Tribunal Regional do Trabalho, revoga liminar para Lucas, permitindo que o São Paulo registre o contrato assinado pelos pais do atleta quando ele ainda tinha 14 anos. Rapidamente, o Tricolor o registra na CBF.
O acordo e o final feliz
Sem sucesso na Justiça, Antonio Carlos Piazon entra em acordo com a diretoria do São Paulo, e Lucas aceita cumprir o contrato, que vai até 19 de janeiro de 2013. Em Cotia, o jogador volta a disputar campeonatos pelo São Paulo e a ser convocado para a Seleção Brasileira.
Com a palavra
Mattheus
Companheiro de Seleção e filho do ex-atacante bebeto
"O Lucas joga demais. Criamos uma forte amizade tanto dentro quanto fora de campo e espero que dure a carreira inteira. Ele é muito inteligente e isso me ajuda, já que sou meia. Sabe fazer a referência e se movimenta muito bem.
O problema é que ele não toma banho de jeito nenhum (risos). Fiquei no mesmo quarto na concentração duas vezes e tive de mandá-lo tomar banho. Joguei-o no chuveiro, senão não dava para ficar perto.
Mas espero chegar ao profissional do Flamengo e depois, quem sabe, formar dupla de ataque com ele na Seleção principal. Seria um sonho, já que nos conhecemos bem."
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