Lucas Piazon é mais uma aposta da base do São Paulo(Crédito: Renato Cordeiro)

Piazon é fominha e, como todo garoto que está começando, não gosta de ficar fora das partidas. No entanto, por conta de seu comportamento dentro de campo, perdeu duas este ano, pelo Campeonato Paulista Sub-17. E poderia ter sido mais.

– Fomos jogar em Monte Azul contra a equipe da casa e houve uma briga. Em determinado momento da partida, um jogador do time deles agrediu nosso capitão com um soco. Não resisti e, para defender o companheiro, derrubei o adversário com uma rasteira. Depois disso, a confusão aumentou e acabei pegando dois jogos de suspensão. Mas não iniciei – defendeu-se Piazon, justificando a ação com espírito de grupo.

Para a mãe Marizabel, a atitude de Piazon é reflexo do seu temperamento dentro de campo, que ainda precisa ser trabalhado. Ela diz que é o único momento em que o filho apresenta comportamento mais excessivo, já que, durante a infância e mesmo agora, não é de confusão.

– Ele ainda precisa aprender a lidar com isso dentro de campo, porque, às vezes, se excede um pouco, mas nada demais. Neste episódio, agiu com seu espírito protetor, que sempre foi sua marca – disse.

Aplicado nos treinos, como contam os profissionais com quem trabalhou, Piazon garante que o episódio foi isolado e orgulha-se de ficar fora de poucos jogos. De um deles, por razão menos polêmica, aliás.

– Em Cotia, as coisas funcionam de maneira rígida com relação a disciplina. Certa vez, ele esqueceu de entregar um trabalho de História na escola. Como punição, ficou fora da partida – lembrou a mãe.

– Na Seleção, nunca tive problema com ele, é um menino muito tranquilo – afirmou Niltinho, técnico de Piazon na Seleção sub–17.


Com a palavra: Niltinho
Técnico da seleção sub-17, ao LNET!

"Vendo o Lucas jogar, de cara, me lembra o Evair, na época de Palmeiras. Ele bate de esquerda, de direita, faz bem a referência e ainda cai bem pelos lados do campo. Acredito que, pela idade, o Lucas pode até superá-lo, é mais completo. Cobra falta bem e ainda sabe cabecear com precisão.

Na época em que ele ainda jogava no Paraná, o convoquei e depois o São Paulo o contratou. Ficou parado por conta da briga judicial, voltou um pouco tímido, mas hoje está tudo tranquilo. Temos um projeto para Sul-Americano e Mundial do ano que vem e falta só o companheiro dele no ataque. Ele será uma referência muito boa até para o São Paulo. "