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Rush reúne 38 mil pessoas no Estádio do Morumbi

Banda passa pelo país para apresentar a turnê 'Time machine'. Canadenses ainda fazem show no Rio neste domingo (10).

É como a trajetória do nerd na cultura pop. Aquele ser estranho e desengonçado, com um estilo que os outros faziam troça e dava margem para sessões de humilhações diárias, de repente é um dia descoberto como interessante, atraente e descolado. O Rush representa o nerd do rock e, independente de qualquer mudança de imagem, vai continuar assim para o resto da carreira, para a felicidade das 38 mil pessoas que foram na noite da sexta (8) para ver a segunda passagem do trio canadense pelo Brasil.



O trio canadense Rush se apresentou em São Paulo na noite desta sexta-feira (8) como parte da turnê 'Time machine', em que toca na íntegra seu disco de maior sucesso, "Moving pictures'. (Foto: Daigo Oliva / G1)

De marginalizado pelos esnobes do pop a tema de homenagem do desenho 'South park' e de um documentário premiado, a banda continua fazendo música do mesmo jeito que fez, como provam as duas músicas novas ("BU2B" e "Caravan") que mostrou na apresentação: virtuosos ao extremo, mudanças de andamento surpreendentes e uma energia que fica difícil de imaginar que já se passaram mais de 40 anos de carreira.

O ponto principal dessa turnê "Time machine", que ainda passa pelo Rio de Janeiro no domingo (10), é a apresentação na íntegra do disco de maior sucesso do grupo, "Moving pictures", que traz o clássico "Tom Sawyer", marcado aqui no país por servir de tema das aventuras do agente secreto Macgyver.



O grupo abriu seu show às 21h30 com a música 'The spirit of radio'. (Foto: Daigo Oliva / G1)

Mas o show de três horas tem um apelo que vai bem além de um Rush que poderia a esta altura estar envelhecido, só interessado em ganhar uns trocos em cima de glórias do passado. Depois da fase negra nos últimos dez anos, em que o baterista Neil Peart perdeu esposa e filha em um espaço de oito meses, os três usam cada vez mais o humor como elemento presente nas apresentações (quem disse que nerd não consegue ser engraçado?).

O show começa com um hilário esquete no telão em que os três brincam com suas origens de família e que serve como introdução para "The spirit of radio" - tocada sob um som mal equalizado, mas que é acertado logo a seguir. O trio ainda passa por músicas que há algum tempo não apareciam nos set lists da banda como "Presto" e "Stick it out", em escolhas que não se pautavam pelas mais conhecidas.

Apesar de ter ainda uma presença mais forte das faixas do mais recente álbum "Snakes and arrows", entram vários dos clássicos do grupo como "Time stand still", "Subdivisions", "2112 Overture / The Temples of Syrinx" e "Closer to the heart". Como ficou registrado no DVD "Rush in Rio", o ponto alto surge quando o público acompanha com a voz a instrumental "YYZ" na melodia principal.

Não houve a histeria da primeira visita ao país em 2002, mas a platéia não deixava de mostrar satisfação a cada música, mesmo nas mais recentes. Como se pode esperar do Rush, o encerramento do show é atípico de qualquer performance de rock. Depois da antiga "Working man", é exibida uma longa cena da comédia "Eu te amo, cara", em que os três fazem uma participação especial, já que o personagem central é fanático pela banda. Mas ser atípico sempre fez parte do Rush.

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