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Rogério 20 anos: Eles viram o crescimento do ídolo

No penúltimo dia de homenagens, conheça pessoas que estão no clube há mais tempo que Ceni

Desde o seu primeiro dia no clube, Rogério Ceni teve ao seu redor diversas pessoas importantes. José Acras, Gilberto Moraes, Sérgio Rocha... São pessoas sempre lembradas em datas importantes para o goleiro. Mas, ao longo destes 20 anos, Rogério teve ao seu lado pessoas que não aparecem, mas viram de perto o crescimento de um ídolo.


Na série de homenagens pelos 20 anos do camisa 1 no Tricolor, o Site Oficial conversou com pessoas que acompanharam de perto a evolução de Rogério Ceni. Profissionais que têm mais tempo de clube que o próprio goleiro. Que neste longo período de conquistas, viu a transformação do então garoto de Pato Branco-PR ao grande ídolo do clube.


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"O Rogério sempre foi muito estudioso"


Guilherme, motorista do São Paulo, chegou para trabalhar no clube poucos meses antes de Rogério Ceni. O goleiro treinava durante o dia e no período da noite se dedicava aos estudos. E foi aí que começou o contato entre os dois. Guilherme era o responsável por levar e trazer Rogério do colégio todas as noites. Durante o percurso, Guilherme lembra com carinho da parceria com Ceni.


Segundo ele, o camisa 1 do Tricolor Paulista sempre mostrou um comportamento digno de uma pessoa que tinha seus objetivos traçados. O Rogério de 20 anos atrás é o mesmo dos tempos atuais, de acordo com Guilherme. Bagunceiro? Rogério gostava mesmo é de estudar.


"Eu trabalhava no Morumbi e tinha um colégio que o pessoal estudava. E a gente levava e voltava. Toda noite eu fazia isso aí. Levava o Rogério e vários outros atletas. Ele sempre foi uma pessoa diferenciada, inteligente e centrada. Nunca deu problema para ir levá-lo. Este profissionalismo que ele mantém até hoje. Ele sempre me falava que gostaria de ser o goleiro do São Paulo. Sempre achei isso, pois ele tinha muita capacidade. Rogério é fora de série. É uma pessoa muito bacana e boa. A gente o viu crescer", explicou Guilherme.



"O Rogério come de tudo, mas adora uma picanha"


João, hoje copeiro no CT da Barra Funda, conheceu Rogério Ceni desde o seu primeiro dia no São Paulo. Depois, passou a ter mais contato com o goleiro na Barra Funda. A dupla pegava uma van, às 6h, para ir ao CT trabalhar. Na época, Rogério morava no estádio do Morumbi, enquanto João morava em Embu, próximo de Itapecerica da Serra.


Há 30 anos no São Paulo, o copeiro sabe todos os gostos do capitão. Quando Rogério Ceni chega no refeitório do CT para fazer suas alimentações, João já sabe as preferências dele. E crava: "O Rogério come de tudo". Segundo João, o goleiro não tem problema para comer e adora uma carne. Sempre acompanhado de um bom arroz e feijão.


"Eu acompanho o Rogério desde que ele chegou. Ele come de tudo e não tem frescura não. Ele gosta muito de picanha com gordura. De um filé de frango, contra-filé... come de tudo. Espero que ele continue este guerreiro que ele é. É um líder desde os tempos do amador", disse João.


"O Rogério salvou a minha vida"


O laço de amizade entre Rogério Ceni e o massagista Aílton ultrapassou o lado profissional. Há 29 anos no São Paulo, o são-paulino já virou um amigo particular do goleiro. Tanto que Aílton já foi convidado diversas vezes por Rogério para visitar o seu sítio em Sinop-MT. Ele, por sua vez, sempre fez questão de mostrar sua admiração pelo camisa 1.


Em uma dessas visitas a Sinop, Aílton não se esquece de uma. Em 1998, ele recebeu o convite de Rogério para passar alguns dias em sua fazenda no Mato Grosso. Durante o passeio de barco, enquanto pescavam, Aílton acabou caindo no rio. Porém, ele não sabia nadar. Bom, o fim da história quem conta é o próprio Aílton, com riqueza de detalhes.



"Em 98, nós combinamos de ir para Sinop. Estava chovendo e eu não queria ir. Mas ele foi me buscar na porta da minha casa. Buzinou as seis de manhã. Eu nem acredito. Um dia fomos pescar e o barco balançou e eu caí na água. Fiquei desesperado e ele notou isso. Me acalmou e eu confiei nele. Ele salvou a minha vida. O rio tinha cinco, seis metros. Eu poderia ter morrido afogado e não estar hoje aqui contando esta história", relembrou Aílton.


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