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Quedas de Rogério e Leão ampliam a dança de técnicos no Brasileirão 2010

Em 16 rodadas, aconteceram 13 demissões. Apenas cinco clubes da Série A podem se orgulhar de não terem tido algum tipo de mudança em seu comando

Em um campeonato longo e tão disputado como o Brasileirão, as oscilações das equipes na tabela costumam ser fatais para os técnicos. Se o time apresenta um desempenho abaixo do esperado, todo mundo já sabe quem será o primeiro bode expiatório. E os números da edição 2010 mostram que a dança das cadeiras continuará intensa ao longo do ano. No total, já aconteceram 18 mudanças de comando, sendo 13 demissões. As mais recentes foram conhecidas nesta sexta-feira, com as saídas de Leão e Rogério Lourenço de Goiás e Flamengo, respectivamente.

No "reality show" dos técnicos, 13 já foram eliminados. Cinco se mantêm firmes no cargo. (Foto: arte esporte)
Esses números levam em consideração apenas as mudanças dos técnicos principais e dos interinos que tenham sido efetivados no cargo. A conta fica ainda mais expressiva se incluirmos também os treinadores provisórios, que ficaram algum tempo dirigindo as equipes até que o "oficial" assumisse a missão. No total, seriam 26 mudanças, todas incluídas na tabela que segue mais abaixo.

Os recordistas até o momento são Atlético-GO, Ceará e Palmeiras, que foram treinados por quatro diferentes técnicos na competição. No clube goiano, Geninho, Roberto Fernandes e Reinaldo Gueldini (interino) não tiveram sucesso ao tentar tirar a equipe da zona de rebaixamento. A "batata quente" está agora nas mãos de Renê Simões. Os cearenses tiveram início promissor no Brasileiro com PC Gusmão. Mas neste caso, foi o sucesso que pesou negativamente. O Vasco ofereceu proposta mais sedutora e conseguiu levar o técnico. Estevam Soares (demitido), Sérgio Araújo (interino) e Mário Sérgio vieram em seguida tentar manter a equipe entre os primeiros colocados.

Antes da chegada de Felipão, o Verdão teve Antônio Carlos, Parraga e Flávio Murtosa treinando os jogadores. Nesse ranking nada positivo, o clube do Palestra Itália tem ao menos a desculpa de que Parraga estava como interino e Flávio Murtosa apenas auxiliava o time antes da chegada do técnico principal, Luiz Felipe Scolari. O já citado Antônio Carlos divide com Gaúcho (ex-Vasco) a frustração de mal ter sentido o gostinho de participar do Brasileirão: foram demitidos logo na segunda rodada.

Os exemplos de resistência

Se por um lado 15 equipes da Série A sofreram com a instabilidade no comando, outras cinco podem se orgulhar de ter mantido seus técnicos desde a primeira rodada. O mais interessante é que essa manutenção não significa necessariamente que o time esteja bem na tabela. Fluminense, Botafogo e Santos seguem a lógica de que não se mexe no que está dando certo. Os três estão no G-4 e, por enquanto, Muricy Ramalho, Joel Santana e Dorival Júnior não têm com o que se preocupar. Mas Vágner Mancini, no Guarani, e Vanderlei Luxemburgo, no Atlético-MG, são os casos atípicos. A equipe de Campinas está em 14º lugar, sem conseguir grandes resultados, enquanto o Galo ocupa um lugar na zona de rebaixamento. Mas até agora, nem sinal de que correm risco de demissão.

Não são apenas estes cinco técnicos que podem se gabar de terem certo prestígio no momento. Alguns simplesmente deixam os clubes por vontade própria, por considerarem que podem ter um futuro melhor em outro lugar. Enquadram-se neste quesito PC Gusmão (trocou o Ceará pelo Vasco), Celso Roth (trocou o Vasco pelo Inter), Péricles Chamusca (trocou o Avaí pelo Al Arabi-QAT), Toninho Cecílio (trocou o Prudente pelo Vitória) e Mano Menezes (deixou o comando do Corinthians para assumir a Seleção Brasileira).


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