No Tricolor, Ricardo Oliveira é a esperança de gols para a vitória (Crédito: Eduardo Viana)
Ricardo Oliveira não participou de nenhum dos últimos nove encontros entre São Paulo e Corinthians, mas entende o peso que a falta de vitórias contra o arquirrival tem no clube.
Incômodo pela seca? Que nada! O camisa 99 está mais do que acostumado com “tabus”, já que viveu recentemente por um ano na cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Atuando pelo Al-Jazira, foi vice-campeão nacional marcando oito gols. Mais do que isso, teve a oportunidade de se ver inserido numa cultura completamente diferente da que estava acostumado.
Segundo Heni Ozy Cukier, professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, o choque cultural entre Ocidente e Oriente é enorme:
– Existem peculiaridades na tradição árabe. Eles não bebem álcool, não comem carne de porco, e existem questões polêmicas na cultura.
A principal delas, a relação entre homens e mulheres, assustou o atacante em seu período de adaptação.
– Elas têm valor só para gerar filhos. Claro que posso estar exagerando, mas, pelo o que vi, foi o que mais me chamou atenção, têm muitas restrições – comentou Oliveira, que não marcou contra o Timão na primeira passagem, ao LANCENET!.
Nos países de tradição islâmica, a figura da mulher como mãe e esposa é sagrada. Entre os mais radicais, a reclusão é vista como ideal.
Há também o tabu sexual, já que o sexo fora do casamento é proibido. O ato sexual só é válido com o objetivo da procriação. Por isso, relações extraconjugais são punidas, assim como a promiscuidade.
– É o crime de honra, o que ocorre com a iraniana (Sakineh Mohammadi) condenada à morte por apedrejamento – lembrou Ozy.
Tabus que nunca incomodaram o atacante. Assim como o do Majestoso, que não tira o sono dele.
– Foi um aprendizado, me acrescentou muito. Quanto a esse outro, não me irrita. Tabus só duram até momentos antes do jogo – garante.
O prazo, então, é às 18h30 deste domingo. Acostumado a tabus, é hora de Oliveira acabar com o do clássico.
Confira bate-bola exclusivo com Ricardo Oliveira
Como era conviver com a cultura do Oriente Médio?
Tranquilo, estrangeiro vive bem, sem problema, como no Brasil. Claro que tem de passar pelo período do Ramadã por um mês, quando o comércio abre só depois de 19h. No mais, você vive bem. A exigência é de que seja campeão, é o que o xeque quer, o presidente, para ganhar um título de expressão, o que o Al-Jazira ainda não ganhou.
Teve algum problema?
Nunca, eles sabiam da minha crença (evangélico). Perguntavam como era, eu também, como era a vida conjugal, eles explicaram em que condições um homem pode ter quatro mulheres. Isso acrescentou muito na minha vida.
Como eram as orações?
Uma vez fui na casa do Sheik, aí dá o horário e começam a orar. Mas deixaram a gente bem à vontade. Ficamos, eu vi todo o ritual, terminou, fomos para a mesa, comemos e fui treinar. Para mim foi um aprendizado e acrescentou muito. A fidelidade quanto ao jejum e a oração diária impressiona. Antes do jogo, colocavam o tapete e oravam. Depois do jogo, a mesma coisa se repetia.
‘Tabus’ vividos no Oriente Médio
Em campo
O xeque cobra dos jogadores ao menos um título de expressão por ano, o que ainda não aconteceu.
Mulheres
A maneira como as mulheres são tratadas no país chocou Ricardo Oliveira. Segundo o atleta, elas são importantes só para reprodução.
Ramadã
Período de adoração e contemplação. Os muçulmanos se concentram na fé e gastam menos tempo com as preocupações cotidianas. Os restaurantes,
em boa parte do tempo, ficam fechados. Mesmo assim, Ricardo pedia comida, levada ao hotel.
Oração
A fé no Oriente Médio é algo que chamou a atenção de Oliveira.
O atacante ficou impressionado com a regularidade e o tempo que o povo dispõe para as orações.
Crédito: Wagner Carmo/VIPCOMM
Ricardo Oliveira não participou de nenhum dos últimos nove encontros entre São Paulo e Corinthians, mas entende o peso que a falta de vitórias contra o arquirrival tem no clube.
Incômodo pela seca? Que nada! O camisa 99 está mais do que acostumado com “tabus”, já que viveu recentemente por um ano na cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Atuando pelo Al-Jazira, foi vice-campeão nacional marcando oito gols. Mais do que isso, teve a oportunidade de se ver inserido numa cultura completamente diferente da que estava acostumado.
Segundo Heni Ozy Cukier, professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, o choque cultural entre Ocidente e Oriente é enorme:
– Existem peculiaridades na tradição árabe. Eles não bebem álcool, não comem carne de porco, e existem questões polêmicas na cultura.
A principal delas, a relação entre homens e mulheres, assustou o atacante em seu período de adaptação.
– Elas têm valor só para gerar filhos. Claro que posso estar exagerando, mas, pelo o que vi, foi o que mais me chamou atenção, têm muitas restrições – comentou Oliveira, que não marcou contra o Timão na primeira passagem, ao LANCENET!.
Nos países de tradição islâmica, a figura da mulher como mãe e esposa é sagrada. Entre os mais radicais, a reclusão é vista como ideal.
Há também o tabu sexual, já que o sexo fora do casamento é proibido. O ato sexual só é válido com o objetivo da procriação. Por isso, relações extraconjugais são punidas, assim como a promiscuidade.
– É o crime de honra, o que ocorre com a iraniana (Sakineh Mohammadi) condenada à morte por apedrejamento – lembrou Ozy.
Tabus que nunca incomodaram o atacante. Assim como o do Majestoso, que não tira o sono dele.
– Foi um aprendizado, me acrescentou muito. Quanto a esse outro, não me irrita. Tabus só duram até momentos antes do jogo – garante.
O prazo, então, é às 18h30 deste domingo. Acostumado a tabus, é hora de Oliveira acabar com o do clássico.
Confira bate-bola exclusivo com Ricardo Oliveira
Como era conviver com a cultura do Oriente Médio?
Tranquilo, estrangeiro vive bem, sem problema, como no Brasil. Claro que tem de passar pelo período do Ramadã por um mês, quando o comércio abre só depois de 19h. No mais, você vive bem. A exigência é de que seja campeão, é o que o xeque quer, o presidente, para ganhar um título de expressão, o que o Al-Jazira ainda não ganhou.
Teve algum problema?
Nunca, eles sabiam da minha crença (evangélico). Perguntavam como era, eu também, como era a vida conjugal, eles explicaram em que condições um homem pode ter quatro mulheres. Isso acrescentou muito na minha vida.
Como eram as orações?
Uma vez fui na casa do Sheik, aí dá o horário e começam a orar. Mas deixaram a gente bem à vontade. Ficamos, eu vi todo o ritual, terminou, fomos para a mesa, comemos e fui treinar. Para mim foi um aprendizado e acrescentou muito. A fidelidade quanto ao jejum e a oração diária impressiona. Antes do jogo, colocavam o tapete e oravam. Depois do jogo, a mesma coisa se repetia.
‘Tabus’ vividos no Oriente Médio
Em campo
O xeque cobra dos jogadores ao menos um título de expressão por ano, o que ainda não aconteceu.
Mulheres
A maneira como as mulheres são tratadas no país chocou Ricardo Oliveira. Segundo o atleta, elas são importantes só para reprodução.
Ramadã
Período de adoração e contemplação. Os muçulmanos se concentram na fé e gastam menos tempo com as preocupações cotidianas. Os restaurantes,
em boa parte do tempo, ficam fechados. Mesmo assim, Ricardo pedia comida, levada ao hotel.
Oração
A fé no Oriente Médio é algo que chamou a atenção de Oliveira.
O atacante ficou impressionado com a regularidade e o tempo que o povo dispõe para as orações.
Crédito: Wagner Carmo/VIPCOMM
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