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Dois anos do inédito ouro olímpico de Maurren

Homenageada na capa do site, a atleta do São Paulo, celebra a marca neste domingo

O próximo domingo, 22 de agosto de 2010, marca o aniversário de um dos maiores feitos do esporte brasileiro. Há dois anos, na mesma data, Maurren Maggi conquistava, em Pequim, a maior glória individual do esporte feminino do Brasil e da América do Sul.


Com a marca de 7,04 m, a saltadora de São Carlos tornou-se, em 2008, a primeira mulher sul-americana a conquistar uma medalha de ouro individual em Olimpíadas, emocionando e enchendo de orgulho todos os brasileiros.


"Vem muita coisa na minha cabeça. A cada dia eu dou mais valor ao que eu fiz na minha vida, porque foi tanta dificuldade que eu passei", diz a atleta, em entrevista exclusiva ao site do Tricolor. "É óbvio que só vêm momentos de glória na sua cabeça quando você está lá recebendo a medalha, cantando o hino... É tudo lindo e maravilhoso, mesmo. Mas eu vejo o quanto de dificuldade eu tive para poder chegar aonde eu cheguei", relembra Maurren, que tem realizado alguns treinos no CT da Barra Funda.
 


ATLETA TRICOLOR


"O São Paulo FC comemora junto com a Maurren os dois anos dessa conquista. Especialmente agora, com o orgulho de tê-la não só como torcedora, mas como grande atleta do Tricolor. Projetamos, assim, o resgate da grande tradição do clube no atletismo - cuja maior representação está nas medalhas olímpicas do grande Adhemar Ferreira da Silva - e lançamos um olhar para o futuro. Sabemos do potencial dela para trazer cada vez mais glórias ao atletismo são-paulino", confia o Vice Presidente de Comunicações e Marketing do Tricolor, Julio Casares, grande responsável pela chegada da atleta ao clube.


São-paulina de coração, a medalhista olímpica Maurren Maggi é atleta do São Paulo FC desde fevereiro de 2010, acerto viabilizado através da parceria do Tricolor com a Nestlé, que passou a patrociná-la com a marca Sollys.



Maurren foi apresentada pelo São Paulo FC em fevereiro/2010



"Eu tenho uma história com o São Paulo FC que é muito bonita. Eu sempre tenho muito orgulho de falar que, mesmo antes de fecharmos patrocínio, eles sempre me deixaram as portas abertas para eu fazer o que eu quisesse dentro do clube", diz a campeã olímpica, sem se esquecer do staff do clube. "São ótimos profissionais que têm me ajudado, têm facilitado bastante pra mim e tem também a parceria. É como uma família", conta a atleta.


Desde o acordo, em fevereiro, Maggi recuperou-se de uma cirurgia no joelho direito e logo conquistou sua primeira medalha pelo Tricolor: em julho, no Trofeo Caja de Ávila, na Espanha, levou o ouro com um salto de 6,36m. Em setembro promete dedicação total ao Troféu Brasil, a ser disputado em São Paulo, no Centro Olímpico.
 


NESTLÉ: 100% DE SEGURANÇA


A saltadora também não poupa elogios à sua patrocinadora. "A Nestlé me dá 100% de segurança para que eu possa fazer o meu trabalho. Preocupados comigo o tempo inteiro. E eu tenho uma intimidade com as pessoas que eu trabalho de falar direto, não há intermediários. Acho que isso abriu portas, essa situação da Nestlé, para que funcione para outros atletas amadores também. De repente eu sou uma pioneira para que cheguem mais atletas, pois é o que buscamos, jovens talentos", elogia Maurren, lembrando que o atletismo brasileiro é carente de apoios como esse.


Além do patrocínio da atleta, a parceria da empresa com o Tricolor rendeu outros frutos, como um camarote corporativo no Estádio do Morumbi e uma unidade de vendas ao público no Morumbi Concept Hall. 
 


FUTURO


Focada em seus objetivos, Maurren garante que o sonho olímpico continua vivo. A saltadora conhece o longo percurso que terá de percorrer até os jogos de Londres, em 2012, e segue confiante.


"Se eu quiser conquistar mais uma medalha e defender meu título em Londres, será um caminho longo e tão árduo quanto esse que foi em Pequim. Porque eu tenho uma medalha, então todo mundo de repente acha 'ela ganhou uma, ganhar a outra vai ser fácil'. Não é bem assim, mas eu vou fazer de tudo o que eu puder. Eu sei como se faz para ganhar uma medalha, e sei das dificuldades", diz, para em seguida refletir sobre a concorrência. "As minhas adversárias são novas, então elas se renovam bastante. Eu é que sou teimosa na verdade, mas eu gosto disso em mim. E acho que é o meu diferencial. É a briga de eu estar lá, é a conquista, é querer estar lá de verdade."


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