Crédito: Gaspar Nóbrega
Em 19 de maio deste ano, São Paulo e Cruzeiro concentravam os olhos do futebol brasileiro no Morumbi. Disputavam a vaga na semifinal da Libertadores e a condição de favorito ao mais importante título continental --batalha vencida pelos paulistas.
Em 15 de agosto, hoje, são-paulinos e cruzeirenses se enfrentam, no mesmo estádio, pelo Brasileiro para tentar se aproximar de uma nova vaga na competição sul-americana, da qual estão fora pela tabela atual.
No intervalo de três meses, elencos foram refeitos, técnicos, demitidos, e todos os planos das diretorias, questionados. Resultado, o confronto envolve novos times.
Dos 22 atletas que iniciaram aquela partida de maio, só 11 devem estar em campo nesta tarde. Sete na escalação do time mineiro e quatro na da equipe paulista.
Eliminado há dez dias, o São Paulo terá a estreia de seu novo treinador, Sérgio Baresi. Foi promovido da base pela falta de opções para substituir Ricardo Gomes.
O interino assumiu o time na 12ª posição, com 16 pontos, 13 a menos do que o líder Fluminense, quatro abaixo da zona da Libertadores.
"Há uma preocupação, mas não muito grande. É uma posição incômoda porque o time sempre lutou em cima. Mas este ano não será diferente", declarou Baresi.
Para voltar à disputa, ele tem um time esfacelado. Com cinco prováveis desfalques, terá a zaga reserva com Renato Silva e Samuel. Seu meio de campo foi bastante mudado com a lesão de Rodrigo Souto e a saída de Hernanes.
Em relação ao torneio continental, deve ter em campo quatro atletas que nem sequer estavam no banco.
Eliminado antes, o Cruzeiro foi mais ágil que o São Paulo. Trocou o técnico Adilson Batista por Cuca previamente ao recesso da Copa.
Negociou seu principal jogador, Kleber, e investiu forte em contratações, como as dos argentinos Montillo, meia que estreia hoje, e Farías, ainda não inscrito.
"São jogadores novos, muda muito de um jogo para outro. A gente não pode levar para a revanche", explicou o cruzeirense Henrique.
O Cruzeiro chegou a esta rodada bem à frente do rival --estava em quinto (20 pontos), posição suficiente para vaga na Libertadores caso o Inter, o quarto, se sagre campeão continental na quarta-- e desde que um brasileiro não leve a Sul-Americana.
Cruzeiro e São Paulo agora tentam repetir a trajetória que experimentaram em 2009. Desclassificados da Libertadores --os mineiros foram vice-campeões--, ambos fizeram um bom segundo turno e voltaram à disputa.
"A história é diferente. Vivemos outra situação [em relação às quartas da competição sul-americana]", reconheceu o lateral esquerdo são-paulino Júnior César.
Crédito: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
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