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Brasil encara freguês Chile no jogo perfeito para embalar

Esquema tático usado por Bielsa e retrospecto são favoráveis à seleção brasileira

É a primeira final de Dunga como técnico. No gelado Parque Ellis, hoje às 15h30 (horário de Brasília), a seleção brasileira enfrenta o Chile como superfavorita.

Kaká, Robinho e Luís Fabiano terão pela frente um time muito mais fraco tecnicamente e com uma postura de franco atirador. Está condicionado pelo seu treinador Marcelo Bielsa para atacar, independente de quem seja o adversário. Ter pela frente um adversário tão corajoso, ou suicida, é tudo o que Dunga pediu aos céus nestas oitavas de final.

O time brasileiro nasceu para contragolpear em velocidade. Por isso tem um retrospecto mais do que favorito contra o Chile de Bielsa. É a partida que tem tudo para servir como a da arrancada da seleção neste Mundial da África. Ganhar bem e impressionar as demais seleções que ainda estão na África. A única desclassificação do Brasil em oitavas de final foi em 1990, na Itália, contra a Argentina, há exatos 20 anos. Dunga sabe da importância do jogo.

- Nós temos conseguido bons resultados contra eles, mas futebol não vive de passado. Estatísticas não me servem. O importante é esta partida. Vale uma vaga para as quartas de final da Copa. Uma derrota custa a volta para casa. O Brasil não pode perder o foco de tudo o que estará em jogo. Não me interessa essa história de favoritismo. O Chile evoluiu muito com o Bielsa. Não existe jogo fácil em Copa do Mundo.

Ele sabe que a pressão é enorme sobre o Brasil. Ainda mais porque a seleção não empolgou na primeira fase. Coreia do Norte e Portugal travaram o toque de bola brasileiro com duas linhas de quatro e cinco jogadores atrás da bola. A Costa do Marfim se abriu um pouco mais e perdeu por 3 a 1, no jogo mais fácil. Há a certeza de que os chilenos irão atacar ainda mais.

Dunga e seu auxiliar Jorginho decoraram a partida entre Chile e Espanha. Os dois a consideram uma versão do que deve acontecer em Johannesburgo. Os comandados de Bielsa enfrentaram uma equipe mais forte. Mesmo correndo o risco da eliminação da Copa, compraram a briga. Atacaram e foram atacados. Foi um dos melhores jogos da Copa. A Espanha venceu suando sangue por 2 a 1, mas os dois times perderam vários gols.

O Brasil entrará em campo da sua maneira tradicional. Dunga quer o time compacto atrás. Com uma forte pegada no meio de campo. E velocidade nos contragolpes. Ele tem a certeza de que vencerá essa partida roubando a bola e explorando a rapidez e velocidade do ataque da Seleção. Ainda mais porque há a certeza da volta de Robinho e Kaká ao time. O meia, expulso contra Portugal, ficou uma semana apenas se preparando fisicamente para este jogo. E Robinho foi poupado contra Portugal para as partidas eliminatórias.
A pedido de Dunga, todas as declarações nas últimas entrevistas foram contidas para não estimular os chilenos. Veloz e habilidoso, Robinho marcou seis gols nas últimas quatro partidas contra os chilenos. Já marcou sete vezes contra eles na carreira. Só Pelé fez mais, oito gols.

Elano também deve voltar ao time. Teve uma súbita melhora e vai ajudar a deixar ainda mais compacta a equipe. Fábio Melo ainda é dúvida. A tendência é que jogue, já que participou do último treino, mas Josué está de sobreaviso. No treino ele foi muito explorado o deslocamento em velocidade de Robinho e Luís Fabiano, assim que a bola chegava em Kaká na intermediária. Maicon e Michel Bastos também deverão apoiar mais do que o normal, quando o meio de campo brasileiro roubar a bola dos chilenos.
Gilberto Silva, ainda no vestiário depois do empate contra Portugal,alertava que o trabalho dos volantes no jogo contra o Chile será “fundamental”.

Ele sabia muito bem como o Brasil se prepararia para o jogo. A estratégia 3-3-1-3 de Bielsa se encaixa perfeitamente no 4-3-1-2 brasileiro.

Todo o esquema de Dunga se baseia nos contragolpes. Foi assim que ele aprendeu a ganhar dos chilenos. E não vai mudar.

Invencibilidade

O Brasil ainda não perdeu para o Chile, neste século. Foram nove jogos, com oito vitórias do Brasil e um empate. O Brasil marcou 22 gols e sofreu apenas dois. Nestes últimos dez anos, a maior goleada brasileira sobre os chilenos foi um 6 a 1, pela Copa América, em 2007, e um 5 a 0, em 2005, pelas eliminantórias. O empate (1 a 1) aconteceu em 2004, também pelas eliminatórias, em Santiago.

7/10/2001 Brasil 2 x 0 Eliminatórias (Curitiba)
6/6/2004 Empate 1 x 1 Eliminatórias (Santiago)
8/7/2004 Brasil 1 x 0 Copa América (Arequipa, Peru)
4/9/2005 Brasil 5 x 0 Eliminatórias (Eliminatória)
24/3/2007 Brasil 4 x 0 Amistoso (Suécia)
1/7/2007 Brasil 3 x 0 Copa América (Venezuela)
7/7/2007 Brasil 6 x 1 Copa América (Venezuela)
7/9/2008 Brasil 3 x 0 Eliminatórias (Santiago)
9/9/2009 Brasil 4 x 2 Eliminatórias (Salvador)

Em Copas do Mundo, Brasil e Chile se enfrentaram duas vezes. Os brasileiros golearam em ambos jogos:

13/6/1992 Brasil 4 x 2 Semifinal (Santiago)
27/6/1998 Brasil 4 x 1 Oitavas (Paris)

FICHA TÉCNICA
BRASIL X CHILE

Local: Ellis Park, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 28 de junho de 2010, segunda-feira
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (da Inglaterra)
Assistentes: Darren Cann e Michael Mullarkey (Ambos da Inglaterra)

BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo (Josué), Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano
Técnico: Dunga

CHILE: Bravo; Isla, Contreras, Jara e Vidal; Carmona, Millar, Matías Fernandez e Valdívia (Suazo); Alexis Sanchez e Beausejour
Técnico: Marcelo Bielsa

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