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'Ninguém tem sangue de barata', afirma Kaká

Meia garantiu que irá se policiar para que expulsão não se repita

Calmo, tranquilo, certinho, regrado e bonzinho. Estas são algumas das qualidades que o meia Kaká demonstrou durante toda a sua carreira. Hoje, com 28 anos, entretanto, o camisa 10 da Seleção Brasileira tem demonstrado um lado um tanto quanto temperamental.

Os primeiros indícios foram já nos amistosos contra Zimbábue e Tanzânia. Perseguido em campo pelos zagueiros adversários, o meia fazia cara feia e reclamava a cada entrada que recebia, chegando até, inclusive, a discutir com os defensores. No primeiro jogo da Copa, o mesmo sintoma foi detectado.

O estopim, no entanto, foi na partida contra a Costa do Marfim. Literalmente caçado em campo pelos marfinenses, Kaká mostrou certo descontrole e acabou levando dois amarelos, sendo expulso pela primeira vez com a camisa da Seleção. A última vez que ele havia sido colocado para fora foi ainda pelo Tricolor, em 2004.

Na manhã desta terça-feira, Kaká deu uma de suas coletivas mais ríspidas. Apesar de alternar alguns momentos em que se divertiu com os jornalistas, o camisa 10 brasileiro respondeu algumas perguntas de forma grossa. Sobre a expulsão, admitiu não ter sangue de barata.

- Apesar de ser um grupo tranquilo, ninguém tem sangue de barata. Vocês (jornalistas) viram o que aconteceu em campo, em nenhum momento fomos desonestos, ou violentos. Mas do mesmo modo que vocês nunca viram uma Seleção violenta, mas nunca verão retroceder quando tiver de ir para um confronto físico ou divididas duras - garantiu o agora valente Kaká.

Outro ponto em que se irritou foi quando questionado exatamente sobre esta sua irritação nos últimos jogos.

- Eu não vejo esta irritação, isso seria se eu tivesse dado um carrinho, uma porrada, mas levantar e discutir sempre aconteceu e vai continuar acontecendo. Não é uma irritação de dar cotovelada, é de quem está no jogo e quer ganhar de qualquer forma - completou.

Por fim, sobre o gol polêmico marcado por Luis Fabiano, Kaká atacou o técnico argentino Maradona e o uso dos telões para decidir sobre lances deste tipo.

- Logo o Maradona, que fez um gol de mão em Copa, quer falar? Fica até engraçado - disse o meia, que completou.

- O lance do Luis (Fabiano) ficaram mostrando várias vezes no telão, que tocou na mão. O da minha expulsão não mostrou nenhuma vez. às vezes a gente fica se perguntando o porquê disto, né? - disse ironicamente.

Apesar do temperamento distorcido, ele também se mostrou consciente da importância de sua presença em campo nesta Seleção, e em um torneio como a Copa do Mundo, e garantiu que o fato não irá se repetir e que, para isso, se resguardará.

- Não é uma situação confortável, mas acho que sim, tenho que me policiar mais dentro de campo, pois a arbitragem tem sido severa, e isso também cabe para mim - declarou.

Esta foi a terceira expulsão da carreira do craque do Real Madrid, que já havia levado o cartão vermelho por duas vezes quando ainda atuava pelo São Paulo, clube que o revelou.

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