Ainda surpreso com a decisão do Comitê Local (COL) de excluir o Morumbi da Copa de 2014 e sequer avaliar o último projeto enviado, Caio Carvalho, coordenador do Comitê Paulista, agora espera o retorno do presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, que está na Copa da Ãfrica do Sul, para discutir qual será a alternativa da cidade para receber jogos do Mundial. Carvalho cita o Pacaembu e o Palestra Itália, mas não crê na construção de um novo palco, ainda mais com dinheiro público. O Piritubão, que foi citado na mÃdia em várias ocasiões como Plano B da capital, é o mais inviável, acredita o coordenador. Confira os principais pontos da entrevista de Carvalho ao GLOBOESPORTE.COM e à Globo News (assista ao vÃdeo).
Piritubão é obra de ficção
"O Piritubão, por enquanto, é uma obra de ficção. Fala-se muito nisso, mas este era um projeto de um grande parque de exposições, um Anhembi do futuro, que teria também uma arena para shows e partidas. Hoje não é uma opção. Um estádio novo hoje em São Paulo custaria entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. E teria que ser feito todo com recursos da iniciativa privada, já que os governos municipal e federal não vão investir nada. Eu desconheço essa possibilidade, seria uma loucura hoje construir um estádio público com o Pacaembu aÃ. Empresários não gostam de perder dinheiro. Teriam que ser pessoas que quisessem dar um presente para São Paulo, e não largassem o projeto no meio, para então entrar o jeitinho brasileiro e o povo ter que pagar a conta. Espero que isso não aconteça".
Ainda com esperanças de receber a abertura
"Se aceitarÃamos o papel de coadjuvantes (sem a abertura)? Depende do que é ser coadjuvante. Eu não acredito em São Paulo fora da Copa. O evento e a Fifa precisam de São Paulo, que é maior que o Mundial. Este passa, e a cidade fica. Aqui há estrutura, 42 mil quartos de hotel, o dobro do que possuem Buenos Aires (Argentina) e Rio de Janeiro. São Paulo vive ótima fase com grandes shows e eventos. O Comitê Paulista vai conversar com o presidente da CBF depois da Copa da Ãfrica do Sul, e vamos encontrar a solução. Com o cenário que vejo em todas as cidades-sede hoje não é impossÃvel que São Paulo ainda receba a abertura".
Fifa pode reconsiderar o Morumbi?
"Eu não quero pensar sobre a Fifa voltar atrás na decisão do Morumbi. Talvez ela possa mudar de ideia e interferir, mas é uma decisão dela. A Copa precisa de São Paulo. E quando todos virem quais as opções da cidade fora o Morumbi, veremos o que vão fazer. O projeto de R$ 640 milhões serviria para cumprir as exigências da Fifa para a abertura, mas não é uma reforma necessária para tornar o Morumbi um estádio de ponta para receber a Copa".
Morumbi melhor que Ellis Park e opções: Pacaembu e Palestra
Temos o Pacaembu, que pode ser reformado, temos o Palestra Itália, que já está em um processo de obras de cerca de R$ 300 milhões. Mas deixo claro que não acho compreensÃvel o Morumbi ser descartado. Essa reforma de R$ 260 milhões que seria feita habilitaria o Morumbi para receber jogos, mesmo que não fosse a abertura. Tenhos conhecidos que estiveram no Ellis Park (estádio da atual Copa) e disseram que hoje o Morumbi já é melhor. A Fifa tem suas exigências e temos que cumpri-las com responsabilidade. Mas ressalto que estamos todos preocupados com estádios e não temos aeroportos para a demanda de uma Copa, por exemplo.
Piritubão é obra de ficção
"O Piritubão, por enquanto, é uma obra de ficção. Fala-se muito nisso, mas este era um projeto de um grande parque de exposições, um Anhembi do futuro, que teria também uma arena para shows e partidas. Hoje não é uma opção. Um estádio novo hoje em São Paulo custaria entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. E teria que ser feito todo com recursos da iniciativa privada, já que os governos municipal e federal não vão investir nada. Eu desconheço essa possibilidade, seria uma loucura hoje construir um estádio público com o Pacaembu aÃ. Empresários não gostam de perder dinheiro. Teriam que ser pessoas que quisessem dar um presente para São Paulo, e não largassem o projeto no meio, para então entrar o jeitinho brasileiro e o povo ter que pagar a conta. Espero que isso não aconteça".
Ainda com esperanças de receber a abertura
"Se aceitarÃamos o papel de coadjuvantes (sem a abertura)? Depende do que é ser coadjuvante. Eu não acredito em São Paulo fora da Copa. O evento e a Fifa precisam de São Paulo, que é maior que o Mundial. Este passa, e a cidade fica. Aqui há estrutura, 42 mil quartos de hotel, o dobro do que possuem Buenos Aires (Argentina) e Rio de Janeiro. São Paulo vive ótima fase com grandes shows e eventos. O Comitê Paulista vai conversar com o presidente da CBF depois da Copa da Ãfrica do Sul, e vamos encontrar a solução. Com o cenário que vejo em todas as cidades-sede hoje não é impossÃvel que São Paulo ainda receba a abertura".
Fifa pode reconsiderar o Morumbi?
"Eu não quero pensar sobre a Fifa voltar atrás na decisão do Morumbi. Talvez ela possa mudar de ideia e interferir, mas é uma decisão dela. A Copa precisa de São Paulo. E quando todos virem quais as opções da cidade fora o Morumbi, veremos o que vão fazer. O projeto de R$ 640 milhões serviria para cumprir as exigências da Fifa para a abertura, mas não é uma reforma necessária para tornar o Morumbi um estádio de ponta para receber a Copa".
Morumbi melhor que Ellis Park e opções: Pacaembu e Palestra
Temos o Pacaembu, que pode ser reformado, temos o Palestra Itália, que já está em um processo de obras de cerca de R$ 300 milhões. Mas deixo claro que não acho compreensÃvel o Morumbi ser descartado. Essa reforma de R$ 260 milhões que seria feita habilitaria o Morumbi para receber jogos, mesmo que não fosse a abertura. Tenhos conhecidos que estiveram no Ellis Park (estádio da atual Copa) e disseram que hoje o Morumbi já é melhor. A Fifa tem suas exigências e temos que cumpri-las com responsabilidade. Mas ressalto que estamos todos preocupados com estádios e não temos aeroportos para a demanda de uma Copa, por exemplo.