Com a definição de uma das semifinais da Libertadores entre São Paulo x Internacional, Fernandão passou a ser o centro das atenções.
Recentemente o ex-presidente Colorado, Fernando Carvalho, afirmou que para ele Fernandão é o principal jogador da história do Inter pelos títulos conquistados em 2006 com o atacante como seu capitão.
Agora, do outro lado, Fernandão tem a missão de acabar com o sonho Colorado da conquista do bicampeonato Sul americano.
O atacante concedeu entrevista após o treino no CCT.
Acompanhe os principais trechos.
P - A pergunta é inevitável, como você esta encarando este confronto contra seu ex-time?
R - Normal, eu também estou buscando meu bicampeonato e vou me dedicar 100% aqui no São Paulo, é lógico que respeito o Inter mas vou dar tudo de mim para eliminá-los.
A história não se apaga, por isso tenho este passado no Internacional, mas eu vou fazer minha história aqui no São Paulo também.
Acho que o Inter vai ser um grande adversário
P - Que tipo de recepção você espera da torcida Colorada?
R - O torcedor é passional, eu conheço bem a paixão do torcedor pelo Inter.
Já estive lá uma vez com o Goiás e recebi vaias de uns aplausos de outros.
Eu sou bem tranquilo em relação a isso.
P - É bom ou ruim enfrentar mais um time Brasileiro na Libertadores?
R - Acho que o Estudiantes taticamente é muito bom, mas a qualidade técnica das equipes Brasileiras é grande.
Pela qualidade do Inter, pelos jogadores que lá estão e pelo coletivo, acho que as dificuldades serão imensas, assim como foi com o Cruzeiro.
P - O que você credita para ter se encaixado tão bem e tão rapidamente na equipe do São Paulo?
R - Acho que a qualidade da equipe, meu futebol casou muito bem com as características do Dagoberto, do Marlos, do Hernanes, além da mentalidade da equipe que mudou para o confronto contra o Cruzeiro.
Eu não tinha dúvida nenhuma de que chegaria aqui no São Paulo e apresentaria o meu melhor, eu sei do meu potencial e encontrei aqui uma mentalidade vencedora, eu não consigo entrar em uma competição apenas para participar, apenas para cumprir tabela, eu entro sempre querendo vencer, independente do adversário!
P - No confronto contra o Cruzeiro, acendeu a luz no elenco em relação a possibilidade da conquista do titulo da Libertadores, como foi isso?
R - Na Libertadores são 14 jogos para conquistar o título, queira ou não queira, na primeira fase são 6 jogos em que pela tradição das equipes Brasileiras a tendência é de que você se classifique, seja em primeiro ou em segundo.
Em ficando na primeira colocação do grupo, você enfrenta nas oitavas um adversário teoricamente mais fraco, com menos tradição como o São Paulo enfrentou.
A partir do momento que você enfrenta nas quartas de final uma equipe como o Cruzeiro, que era considerado por todos o favorito, consegue passar e na semifinal vai ter que encarar um Inter ou Estudiantes, o titulo que era tão longo lá no começo, fica mais palpável.
A competição em determinado momento, muda.
Acho que o grande clique no time foi aquela disputa de pênaltis contra o Universitário.
P - O quão importante foi e está sendo, sua amizade com Rogério Ceni, para sua rápida adaptação aqui no clube?
R - Importantíssimo! O Rogério é um cara que eu sempre admirei. Pela história que tem no futebol, pela maneira de pensar, pela mentalidade que tem dentro e fora de campo.
O Rogério é um exemplo para mim. O Zico é meu grande ídolo no futebol, não só pelo que era em campo mas fora dele .O Raí aqui no São Paulo também e o Rogério é um cara que eu sempre tentei acompanhar.
E se é um exemplo para mim que tem 32 anos, acho que também é para a garotada, para os que estão começando no futebol.
É claro que esta amizade facilita, não só com ele, mas com o Jorge Wagner, o Renato Silva, o Leo Lima que joguei junto no ano passado.