E quando tudo parecia perdido, com os argentinos do Estudiantes comandados por esse extraordinário Verón já festejando a classificação, eis que surgiu o velho espírito guerreiro colorado: lançado na área, pela direita, o menino Giuliano, deu um toque sutil no canto esquerdo do goleiro argentino. Gol do Inter! Gol da classificação!
O Inter até perdeu o jogo- 2 a 1, gols de Gonzalez, Perez (golaço) e Giuliano, mas ganhou a vaga e o direito de enfrentar o poderoso São Paulo pelas semifinais da Taça Libertadores da América. Confesso que não me agrada muito esse estilo de jogo colorado, adotado pelo técnico uruguaio Jorge Fossati, defensivo e conservador demais para o meu gosto. No entanto, convenhamos, está chegando lá.
No momento, creio, principalmente depois da entrada de Fernandão em seu comando de ataque, o tricolor exibe um futebol mais solto, mais criativo, com Hernanes e Dagoberto atuando como nos melhores tempos: além disso, Cicinho e Júnior César passaram a render melhor pelas laterais e quem tem uma dupla de zagueiros melhor do que Alex Silva- o Pirulito- e Miranda?
Logo, assim, em minha opinião, o tricolor é favorito.
No entanto, é bom lembrar que, há alguns anos, também era assim e deu exatamente o contrário: na final da Libertadores, se não me falha a memória de 2006, o Inter venceu o São Paulo no Morumbi, empatou em Porto Alegre e foi campeão do mundo- naquele gol do Gabiru e tendo Abel Braga como técnico.
Logo... É bem sempre lembrar que, se fosse ciência exata, o futebol não teria a graça que tem.