Hernanes nunca desistiu de ser chamado por Dunga para a Copa do Mundo de 2010. Em nova ascensão com a camisa do São Paulo, o jogador foi ignorado pelo treinador, mas nega injustiça na convocação e já se mostra disposto a lutar por uma vaga no grupo canarinho no Mundial de 2014, atuando definitivamente em sua posição de origem.
“Pelas convocações que vinham acontecendo, eu sabia que seria muito difícil, mas ainda acreditava. Ao ver que meu nome não estava lá, meu pensamento foi de continuar jogando para provar que tinha condições e para não deixar escapar na próxima. Sei que ainda vou crescer muito mais”, afirmou o atleta, sem fazer críticas ao comandante da seleção.

“Não foi injusto. Com certeza, o Dunga teve suas razões. Estive lá e talvez não tenha correspondido às suas expectativas”, lamentou, recordando a participação nas Olimpíadas de Pequim.

Para seguir seu crescimento, Hernanes abandonou a ideia de atuar como um meia-armador. O atleta percebeu que sua verdadeira posição é como segundo volante, dando proteção à defesa sem deixar de avançar ao ataque.

“A vida é muito engraçada. Quando você faz uma coisa que dá certo, pensa que está no caminho correto. Joguei como meia contra o Monterrey e, como deu certo, pensei que tinha virado um jogador da posição, quase um ponta”, riu, antes de completar. “Mas não consegui repetir a atuação. O Ricardo, então, me colocou de volante de novo e caí na real, voltei a me encontrar. Minha essência não era naquele espaço, vou render muito mais na minha posição”.

Os conselhos de seu pai o ajudam a crescer novamente com a camisa do Tricolor, depois de períodos inconstantes na temporada passada. “Meu pai sempre tem me acompanhado e diz que tenho mais aqui dentro. Eu sinto isso também, tenho mais para dar. Aos poucos, vamos conseguindo colocar para fora o que está dentro da gente”, concluiu.