Para conseguir uma vaga nas semifinais do Paulistão, o São Paulo não teve apenas de vencer o Santo André em campo. Fora das quatro linhas, o Ramalhão recebeu um incentivo a mais para derrotar o Sampa. Segundo o LANCENET! apurou, se o time do ABC vencesse, Corinthians e Portuguesa, que ainda sonhavam com uma vaga mas dependiam de um tropeço tricolor, mandariam dinheiro aos jogadores, o que não aconteceu pela derrota.
Do lado alvinegro, R$ 300 mil cairÃam na conta dos andreensses. Na Lusa, R$ 50 mil seria o montante. O acerto foi feito entre os jogadores, sem a participação das diretorias, que costumam não se envolver neste tipo de assunto, mas deixam em aberto para os atletas.
Para “morder†parte do valor em caso de vitória, Rodriguinho, vice-artilheiro do Estadual com 13 gols (dois a menos do que Ricardo Bueno, do Oeste), nem ligou para o fato de estar pendurado com dois cartões amarelos. Pediu para que Sérgio Soares o escalasse e foi para o jogo. Outro que passou pela mesma situação foi Ricardo Conceição.
O que chama a atenção é que a diretoria do Santo André, durante a semana, em entrevista ao LANCENET!, afirmou que, para ganhar, achava a atitude válida. Romualdo Magro Jr. vice de futebol do Ramalhão, no entanto, disse que, até então, nunca tinha vivido tal situação no clube.
Após o jogo, os são-paulinos elogiaram a vontade do adversário. Já classificado, o Santo André não tinha mais possibilidades de ser lÃder e também não tinha como perder a segunda colocação.
Ano passado, no fim do Brasileirão, a polêmica da mala branca foi levantada. Este ano, novamente nos momentos decisivos, o assunto veio à tona. Por sorte de uns e azar de outros, o Ramalhão não venceu.
Bate-Bola com Marco Aurélio Cunha
Superintendente de futebol do São Paulo
LANCENET!: O Santo André receberia uma quantia em dinheiro caso vencesse o São Paulo. O que acha da mala branca, comum nas últimas rodadas?
MAC: Nunca participei de situações assim, mas não sou ingênuo de dizer que isso não existe. Se for para ganhar, não vejo problema nisso. Acho que são práticas do futebol. O bicho (premiação paga pelos clubes aos seus atletas) é uma consequência. Não me surpreendo e não vou proibir essa prática e sei que existe. Prefiro premiar o jogador do meu clube com bicho. Mas não fico combatendo porque vão negar.
LNET!: Foi surpresa Corinthians e Palmeiras terem ficado fora das semifinais do Paulistão?
MAC: Foi surpresa. O Palmeiras, nem tanto, porque durante o campeonato mostrou que poderia não classificar. O Corinthians perdeu pontos para times menores, o que atrapalhou. O São Paulo não venceu os clássicos, mas não atrapalhou. Mas acho que o São Paulo vai representar bem a capital agora no mata-mata, podem ficar tranquilos (risos). Faremos bonito.
LNET! É ruim ter perdido todos os clássicos até agora?
MAC: Acho que não, porque jogamos bem. Contra o Corinthians, foi lá e cá. Frente ao Santos, também. Foram jogos muito iguais.
Dirigentes rivais se defendem
Sem polemizar, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, e Luiz Iaúca, vice da Portuguesa, se defenderam quando perguntados sobre terem enviado mala branca. Ambos, no entanto, deixaram em aberto a possibilidade de haver participação dos atletas.
– Isso é coisa de jogador, não de dirigente. Sou franco e sempre disse que existe, mas nunca participei e pretendo nunca participar de nada disso – afirmou o mandatário do Alvinegro.
– Pago para o meu jogador, e olhe lá. Sou contra essa atitude. Agora, se o jogador quer pagar, aà é problema dele. Eu não pago. Dou um bicho muito bom para os meus jogadores resolverem dentro de campo – garantiu Iaúca.
Do lado alvinegro, R$ 300 mil cairÃam na conta dos andreensses. Na Lusa, R$ 50 mil seria o montante. O acerto foi feito entre os jogadores, sem a participação das diretorias, que costumam não se envolver neste tipo de assunto, mas deixam em aberto para os atletas.
Para “morder†parte do valor em caso de vitória, Rodriguinho, vice-artilheiro do Estadual com 13 gols (dois a menos do que Ricardo Bueno, do Oeste), nem ligou para o fato de estar pendurado com dois cartões amarelos. Pediu para que Sérgio Soares o escalasse e foi para o jogo. Outro que passou pela mesma situação foi Ricardo Conceição.
O que chama a atenção é que a diretoria do Santo André, durante a semana, em entrevista ao LANCENET!, afirmou que, para ganhar, achava a atitude válida. Romualdo Magro Jr. vice de futebol do Ramalhão, no entanto, disse que, até então, nunca tinha vivido tal situação no clube.
Após o jogo, os são-paulinos elogiaram a vontade do adversário. Já classificado, o Santo André não tinha mais possibilidades de ser lÃder e também não tinha como perder a segunda colocação.
Ano passado, no fim do Brasileirão, a polêmica da mala branca foi levantada. Este ano, novamente nos momentos decisivos, o assunto veio à tona. Por sorte de uns e azar de outros, o Ramalhão não venceu.
Bate-Bola com Marco Aurélio Cunha
Superintendente de futebol do São Paulo
LANCENET!: O Santo André receberia uma quantia em dinheiro caso vencesse o São Paulo. O que acha da mala branca, comum nas últimas rodadas?
MAC: Nunca participei de situações assim, mas não sou ingênuo de dizer que isso não existe. Se for para ganhar, não vejo problema nisso. Acho que são práticas do futebol. O bicho (premiação paga pelos clubes aos seus atletas) é uma consequência. Não me surpreendo e não vou proibir essa prática e sei que existe. Prefiro premiar o jogador do meu clube com bicho. Mas não fico combatendo porque vão negar.
LNET!: Foi surpresa Corinthians e Palmeiras terem ficado fora das semifinais do Paulistão?
MAC: Foi surpresa. O Palmeiras, nem tanto, porque durante o campeonato mostrou que poderia não classificar. O Corinthians perdeu pontos para times menores, o que atrapalhou. O São Paulo não venceu os clássicos, mas não atrapalhou. Mas acho que o São Paulo vai representar bem a capital agora no mata-mata, podem ficar tranquilos (risos). Faremos bonito.
LNET! É ruim ter perdido todos os clássicos até agora?
MAC: Acho que não, porque jogamos bem. Contra o Corinthians, foi lá e cá. Frente ao Santos, também. Foram jogos muito iguais.
Dirigentes rivais se defendem
Sem polemizar, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, e Luiz Iaúca, vice da Portuguesa, se defenderam quando perguntados sobre terem enviado mala branca. Ambos, no entanto, deixaram em aberto a possibilidade de haver participação dos atletas.
– Isso é coisa de jogador, não de dirigente. Sou franco e sempre disse que existe, mas nunca participei e pretendo nunca participar de nada disso – afirmou o mandatário do Alvinegro.
– Pago para o meu jogador, e olhe lá. Sou contra essa atitude. Agora, se o jogador quer pagar, aà é problema dele. Eu não pago. Dou um bicho muito bom para os meus jogadores resolverem dentro de campo – garantiu Iaúca.
VEJA TAMBÉM
- Joia de Cotia ressurge no São Paulo sob comando de Zubeldía
- Zubeldía fica encantado com descoberta de Dorival
- Zubeldía é sincero e explica decisão de cortar James no São Paulo