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No São Paulo, o novo líder tem nome

Zagueiro Alex Silva distribui broncas, cobra raça e vira parceiro de Rogério Ceni no comando do time

– Não vamos desistir! Vamos até o fim, não vamos tomar o gol, p...!!!

Quando o Monterrey (MEX) parecia engolir o São Paulo em seu campo de defesa, os gritos de Alex Silva eram o combustível para que a equipe resistisse à pressão dos mexicanos.

A postura do zagueiro tem sido alvo de elogios de comissão técnica e diretoria. Indignado com os maus resultados, Pirulito distribui broncas e vem se tornando o líder que há tanto tempo o clube buscava para dividir a função com Rogério Ceni.

– Time de jogadores calados, que não falam, não ganha nada – disse.

Desde que foi negociado para o Hamburgo (ALE), em 2008, o instinto de liderança aflora em Alex Silva. Nem mesmo o idioma inibia o brasileiro de “orientar” seus parceiros.

– Lá na Alemanha eu gritava por gestos (risos). De um jeito ou de outro, conseguia passar a mensagem.

O dono da camisa 3 é a encarnação do espírito que Juvenal Juvêncio deseja ver novamente com a camisa tricolor. No empate diante do Monterrey, que assegurou à equipe a vantagem de jogar por uma vitória na última rodada para garantir a classificação em primeiro lugar, os volantes Rodrigo Souto e Cleber Santana, além do atacante Fernandinho, foram alguns dos alvos do Pirulito.

– Na hora do jogo, não dá para pedir por favor. Na defesa, tem de haver um jogador que fale – argumentou.

A torcida agradece, Alex Silva.

Bate-Bola com Alex Silva

LANCENET!: No fim do jogo, você batia no braço, gritava com os companheiros. Era um pedido para que não recuassem ou uma tentativa de motivar a todos?
ALEX: Era uma motivação, um sinal de garra, raça. Estava no fim do jogo e o empate era bom para a gente. Para meus parceiros não desistirem, porque o cansaço atrapalha, a cabeça não ajuda.

LNET!: Acha que essa é a receita, isso é suficiente para o São Paulo brigar pelo título da Libertadores?
A: Na Libertadores, acho que não vence a técnica, mas, sim, garra e vontade. Sem falar que o São Paulo tem muitos jogadores diferentes, que chegaram agora. Então, quando não vai na técnica, tem de ir na garra. E mostramos a todos que não falta garra e nem vontade no São Paulo.

LNET!: Você não tinha essa postura de líder na primeira passagem pelo São Paulo. Aprendeu tudo isso na Alemanha e na Seleção?
A: Quando cheguei ao São Paulo, tinha 21 anos, era complicado dar dura no Lugano e no Fabão. Hoje tenho 25, fiquei um tempo fora, então aprendi e tento ser um dos líderes da equipe, ao lado de Rogério, Miranda, Washington. Na hora do jogo não tem como pedir por favor, mas depois, no vestiário, já fica tudo bem.

LNET!: Ricardo Gomes ainda não sabe quem vai escalar contra o Botafogo. Como você está se sentindo para o jogo de domingo?
A: Eu quero jogar! Pelo momento que o São Paulo vive, quero entrar em campo contra Botafogo e Santo André. Se perguntarem para mim, vou dizer que quero jogar. É um momento difícil, o São Paulo precisa da classificação e convoco a torcida para nos ajudar e comparecer ao Morumbi nessa partida. Ninguém vai querer ficar fora da decisão.


As broncas de Pirulito

Fernandinho
No segundo tempo do empate contra o Monterrey, zagueiro não se conformou com atacante, que, em vez de ajudar na marcação, reclamou a não marcação de uma falta. “Dei uma dura, quase fui em cima dele, mas no vestiário expliquei que era adrenalina do jogo e ele entendeu”.

Rodrigo Souto
Mais do que uma bronca, Alex Silva quase carregou o companheiro no colo para recompor a marcação. “Ele tirou a bola da área e caiu. Eu empurrei para ele sair também. Ele estava muito cansado”.

Jean
Improvisado na lateral, o camisa 2 ouviu cobras e lagartos do Pirulito por deixar Dentinho chegar facilmente à linha de fundo no segundo gol do Corinthians no clássico disputado no último domingo.

Washington
O Coração Valente não acompanhou o volante do Nacional (PAR) em Assunção. Suficiente para acionar o megafone de Alex. “Ficamos uns dois minutos batendo boca no primeiro tempo, mas no intervalo a gente já se entendeu”.

Com a palavra com Ricardo Gomes

"O Alex Silva fala. Ele fala, fala muito e fala duro. Não é gentil, não, e isso é importante para uma equipe. Ele cobra dos companheiros, mas de uma forma positiva, se entendem. E o Alex pode fazer isso porque tem uma leitura do jogo muito boa. Ele está bem e deve continuar assim. Em 1994, fiquei fora da Copa no último instante. Tudo pode acontecer, a alegria pode aparecer para ele."

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