Pela primeira vez na história, o saldo de gols pode definir quem será o campeão brasileiro. Caso o Flamengo empate com o Grêmio, o Palmeiras vença o Botafogo e o São Paulo ganhe do Sport, três clubes terminarão o certame com 65 pontos e o mesmo número de vitórias.

Apenas o Internacional tem um triunfo a mais e não entraria nessa disputa - se superar o Santo André e o Flamengo não vencer, a equipe colorada levanta o troféu.

Com 5% de chances de faturar o Nacional, o São Paulo é quem apresenta o pior saldo entre os postulantes ao título. Em caso de empate do Fla, a equipe tricolor terá de ganhar do já rebaixado Sport por três ou mais gols de diferença, placar inédito durante a 'Era Ricardo Gomes'.

Se o Palmeiras bater o Botafogo por uma diferença mínima (1 a 0, 2 a 1, 3 a 2 etc), o clube do Morumbi dependerá de uma goleada por cinco gols no domingo, a partir das 17 horas, em casa.

O problema é que, sob o comando de Ricardo Gomes, o São Paulo não goleou. Até o momento foram 30 partidas, e os resultados mais comuns são 2 a 1 e 1 a 0 - na única vez que marcou quatro gols, levou três do Santos. Além disso, o ataque é somente o 11º melhor do certame, com 53 gols.

Nas duas últimas rodadas, o atual tricampeão brasileiro partiu para o ataque e levou sete gols - 3 a 2 para o Botafogo e 4 a 2 para o Goiás.

"A nossa equipe pagou um preço alto por querer a vitória a qualquer custo e ter ido ao ataque. Não foi só a defesa que errou", comentou Hernanes. "Agora é ter mais cautela e jogar com organização. Os dois jogos passados deixaram uma lição nesse sentido."

"Depois que fizemos os gols, saímos um pouco e não pensamos em ter atenção total na marcação. É necessário balançar isso aí. Um time só ataca se roubar a bola, por isso primeiro vem a marcação. Depois que fizer gol, é manter que o segundo vem naturalmente", endossou Jean.