É na festa do Corinthians, é na festa da Organizada do Palmeiras, é em todo lugar que o sãopaulino não esteja. Lá está o Bambi na boca do povo.

Andres Sanchez e Luiz Gonzaga Belluzzo vão acabar fazendo terapia por causa do bichinho. Eu disse bichinho.

Bambi é um veadinho que ficou famoso no cinema nos Filmes dos Estúdios Disney e ganhou conotação homofóbica na voz do volante Vampeta quando este atuava pelo Corinthians.

Vampeta que é da linhagem africana, ou como diriam os politicamente corretos, um afro-descendente, foi brincalhão, mas também preconceituoso, algo que talvez não permitisse se brincassem com a sua cor.

Chamava os sãopaulinos de Bambis, o apelido grudou e não saiu mais.

Os palmeirenses adotaram o Porco. No começo era provocação da torcida do Corinthians e João Roberto Gobatto, a época homem de marketing do Palmeiras, resolveu assumir o Porquinho.

As chacotas acabaram e hoje a própria torcida do Palmeiras faz questão de gritar Porco nos estádios.

O Corinthians tem como símbolo o Mosqueteiro, virou Gavião por causa da torcida, é chamado de Gambá pelos adversários e Frangas depois de uma brincadeira envolvendo os próprios jogadores que se apelidavam dessa forma para descontrair, segundo eles.

Não entendi muito bem essa descontração, mas cada um se descontrai como bem quiser.

O Santos já foi chamado de Baleia, Peixe e hoje é chamado de time ruim, que é o que é na verdade.

Como santista posso dizer. O meu time não está incomodando ninguem. Só dá raiva, até no seu próprio torcedor. Certamente não está na boca do povo e nem dos adversários. Está virando time pequeno.

Essa é a questão. Um perdedor não incomoda ninguém. O vencedor, sendo bambi ou não, é que incomoda, causa inveja e até um misto de admiração e rancor em muita gente.

Não se preocupem. Quando o Bambi parar de ganhar outro bicho aparece no seu lugar. Gambá, Porco, Urubu, Galo, Raposa e muitos outros. Mas se bobearem o Bambi leva de novo. Não é à toa que ele faz sucesso há tanto tempo. Haja terapia.