A 'vitória' são-paulina no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) durou pouco mais de três horas. Após anunciar no inicio da noite desta quinta-feira a liberação de Borges, Dagoberto e Jean para a partida contra o Botafogo, neste domingo, o tribunal indeferiu definitivamente o efeito suspensivo dos atletas e manteve a pena de três confrontos para o trio do Morumbi, que poderá ser revertida na próxima quinta-feira, quando ocorrerá o julgamento por parte do pleno. Dessa forma, os três atletas não enfrentam o time carioca.

O São Paulo tentou apressar a liberação dos atletas devido ao fato de sexta-feira não haver expediente no STJD, o que impediria a escalação dos três jogadores para o duelo diante do Botafogo. Entretanto, segundo o artigo 53 da Lei Pelé, no quarto parágrafo, o efeito suspensivo acontece apenas depois do segundo jogo de suspensão. Dagoberto, Borges e Jean cumpriram o castigo automático até então e poderiam voltar aos gramados apenas na penúltima rodada do Brasileirão, contra o Goiás.

O departamento jurídico do São Paulo justificou o pedido de efeito suspensivo alegando que não houve nenhum atenuante no julgamento, criticando, até mesmo, o fato dos autores agravarem a pena por um sorriso de Dagoberto após a expulsão, classificando o ato como deboche. O Tricolor afirmou que os julgadores acabaram sendo induzidos pelos comentários oriundos da emissora televisiva responsável pela transmissão do confronto diante do Grêmio, válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O presidente da comissão, Mário Antônio Couto, disse durante a sessão que talvez absolvesse Dagoberto, caso o atacante chorasse. Mas, pelo sorriso nas imagens, votou por quatro partidas de castigo para o camisa 25. Por outro lado, Borges teve sua pena 'aliviada' pelo tribunal. Acusado de "agressão física", o número 17 teve seu artigo desqualificado para "ato hostil", o que rendeu três jogos para o centroavante.

Jean, por sua vez, acabou denunciado por "ato desleal" por cometer uma falta dura no meia Souza.