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Após fase terrível, Richarlyson busca meta "maravilhosa"



A maior parte dos jogadores do São Paulo aproveitou os primeiros meses de trabalho de Ricardo Gomes no clube para conquistar a confiança do novo treinador. Porém, a situação foi diferente para o meio-campista Richarlyson, que atraiu a admiração do comandante antes mesmo de sua chegada ao Morumbi.

O jogador admite que passou por um momento complicado durante o Campeonato Brasileiro do ano passado, mas revela que se entusiasmou quando Gomes chegou e informou que já havia tentado contratá-lo na época em que dirigia Bordeaux e Monaco.

"Meu segundo semestre de 2008 foi terrível, tive de buscar força com minha família. Eu já tinha até ido para a seleção e, de repente, me encontrei no banco. Precisei mostrar de novo tudo que já tinha feito para conquistar meu lugar. Tive bons momentos bons com o Muricy, mas o difícil foi ter ido para o banco. Já quando chegou aqui, o Ricardo falou que havia tentado me levar para seus dois clubes na Europa. Era a motivação que faltava para mim", afirmou.

Após o período "terrível" em 2009, Richarlyson busca agora uma meta que considera "maravilhosa". O volante faz parte de um seleto grupo de atletas que participou do tricampeonato brasileiro pelo Tricolor e pode ficar na história com o quarto título consecutivo.

"É maravilhoso estar tão próximo de um objetivo grande. Com certeza, isso está em minha cabeça e, quando vou para campo, penso na possibilidade de entrar para a história do futebol brasileiro", afirmou.

Além do meio-campista, os outros atletas que podem ser tetracampeões são Rogério Ceni, Bosco, André Dias e Miranda. Mas Richarlyson está consciente de que o time ainda precisa de atenção para conquistar o troféu.

Na partida da tarde de domingo, contra o Botafogo, no Engenhão, Ricardo Gomes não poderá contar com André Dias, suspenso, e já manifestou a intenção de improvisar Richarlyson no setor. Com a confiança do treinador, o volante acredita em uma boa atuação.

"Eu fico apreensivo, porque é uma posição diferente. Depois da zaga, só tem o goleiro. No meio-campo, você pode tentar alguma coisa diferente. Na zaga, não pode cometer o mínimo erro, é uma posição de alto risco. Como o nível de jogadores da defesa é alto, minha responsabilidade é maior ainda. Mas foi jogando como zagueiro que fiz um dos gols mais bonitos da carreira, contra o Fluminense. Terei obediência tática e escutarei tudo o que o Ricardo explicar", afirmou o atleta, recordando o golaço que marcou no início deste segundo turno.


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