O São Paulo enfrenta uma situação financeira alarmante, com suas dívidas alcançando níveis preocupantes. De acordo com o balanço financeiro de 2024, o clube está endividado em quase R$ 1 bilhão, totalizando R$ 968,2 milhões. Para se ter uma ideia da gravidade, essa dívida é um aumento considerável em relação aos R$ 666,6 milhões registrados ao final de 2023, resultando em um acréscimo de R$ 301,5 milhões somente no último ano.
Um dos principais fatores que contribuíram para o agravo do endividamento foi a expectativa de arrecadação com a venda de atletas em 2024. O clube projetou um ganho de R$ 174,1 milhões, mas apenas R$ 93,3 milhões foram efetivamente recebidos. Essa diferença de R$ 80,7 milhões foi influenciada, em parte, por lesões de jogadores promissores como Pablo Maia e Rodrigo Nestor, que eram considerados potenciais negociáveis para times do exterior.
Adicionalmente, os altos custos com contratações e despesas relacionadas ao departamento de futebol profissional também impulsionaram a dívida. O custo projetado para 2024 era de R$ 542,9 milhões, mas acabou alcançando R$ 625,4 milhões. Essa diferença reflete uma gestão financeira desafiadora, agravada por investimentos que não se traduziram em retorno imediato.
Consciente da grave crise que atravessa, a atual gestão do São Paulo, liderada pelo presidente Julio Casares, busca implementar uma série de medidas para contornar essa situação. Entre as estratégias, estão o corte de gastos, a promoção de jovens talentos da base para o time profissional e a criação do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que já conseguiu levantar R$ 81 milhões. O objetivo é reduzir o endividamento ao longo dos próximos cinco anos.
O plano da diretoria é que, ao chegar em 2030, ano do centenário do clube, o São Paulo esteja em uma posição confortável e financeiramente estável. Contudo, os números apresentados evidenciam que o caminho até lá será desafiador e requer um esforço conjunto para revertê-lo.
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