O duelo entre Palmeiras e São Paulo sempre vai além de uma simples rivalidade histórica; é um campo fértil para controvérsias. Com a semifinal do Campeonato Paulista marcada para ocorrer no Allianz Parque nesta segunda-feira (10), a expectativa de novos desdobramentos é alta, especialmente considerando a relação complexa entre os estádios dos dois clubes. Recentemente, a discussão sobre o uso de gramados sintéticos ressurgiu, impulsionada por Lucas Moura, que se opôs publicamente a essa superfície no futebol brasileiro. Coincidentemente, a grande partida do São Paulo ocorrerá em um estádio que adota essa polêmica gramagem.
A história de disputas envolvendo os estádios é longa, com momentos marcantes como o ocorrido em abril de 2008. Na semifinal do Campeonato Paulista, realizada no então chamado Palestra Itália, o Palmeiras se viu no centro de um incidente que ganhou repercussão. Acusações de liberação de gás pimenta no vestiário do São Paulo durante o intervalo da partida geraram um alvoroço; jogadores e comissão técnica relataram irritação nos olhos e dificuldades respiratórias. Apesar das circunstâncias adversas, o time tricolor voltou ao campo, mas o técnico Muricy Ramalho passou mal. O resultado foi uma vitória do Palmeiras por 2 a 0, que posteriormente levou ao título estadual, encerrando um jejum de 12 anos. O episódio resultou em sanções para o Palmeiras, que foi multado e perdeu um mando de campo.
Outro elemento que tempera essa rivalidade são as bandeirinhas de escanteio. Recentemente, Luciano chamou a atenção ao chutar a bandeira do Corinthians após marcar um gol na Neo Química Arena durante a semifinal da Copa do Brasil. Esse ato gerou uma série de reações entre os jogadores, incluindo Raphael Veiga e Yuri Alberto, e trouxe à tona discussões sobre arbitragem e comportamento em campo. Agora, a grande questão é saber se teremos mais um episódio relevante neste clássico do Allianz Parque. As torcidas já estão se manifestando: enquanto o presidente da Independente apoia gestos provocativos, o líder da torcida palmeirense prefere cautela, temendo possíveis invasões de campo.
O uso do gramado sintético continua a ser um tema polêmico nesta rivalidade. O Palmeiras defende o campo do Allianz Parque com uma série de argumentos, enquanto o São Paulo, por meio de seu capitão, manifesta resistência a esse tipo de superfície. O histórico do Tricolor em relação a lesões em jogos no estádio do rival é preocupante, com sete casos registrados, alguns exigindo cirurgia e afastamento prolongado dos atletas. Tudo isso leva à expectativa da decisão de segunda-feira (10), que tem tudo para ser mais um capítulo na saga de rivalidade entre esses dois gigantes do futebol paulista.


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