Após a decisiva vitória do São Paulo sobre o São Bernardo, no último domingo, com um placar de 3 a 1 pela 12ª rodada do Paulistão, Lucas Moura voltou a abordar a polêmica em torno do uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. Em declarações à TNT, ele ressaltou que, apesar de existirem muitos gramados naturais de qualidade insatisfatória, a demanda dos jogadores não é pela remoção dos sintéticos, mas sim pela melhoria dos gramados naturais.

“A gente está brigando por um natural de qualidade. Se houver boa vontade, investimento e colaboração de todos, é possível fazer isso. Não precisamos de um gramado nos padrões da Premier League; um que seja nota seis ou sete já serve. Todos concordam que o gramado natural é o melhor para jogar”, afirmou Moura.

Na terça-feira anterior, um movimento nas redes sociais ganhou força, reunindo jogadores de destaque como Neymar e Thiago Silva, que pediram o fim dos gramados sintéticos. Lucas Moura frisou que o objetivo da iniciativa é provocar reflexão entre os torcedores e gestores do futebol, evitando que o debate se transforme em uma questão clubista. “É um debate para melhorar o futebol brasileiro. Nossa intenção não é atacar nenhuma instituição que utilize o gramado sintético”, completou o atacante.

Clubes como Palmeiras e Botafogo, que incorporaram gramados sintéticos em seus estádios, se manifestaram em defesa desse tipo de superfície. Moura respondeu às críticas do lateral Marcos Rocha, que questionou a falta de consulta aos atletas do Alviverde sobre o manifesto. “Não faz sentido a abordagem. Não se pode perguntar a um jogador do seu time se ele quer participar de um manifesto contra o gramado que utilizam. Contudo, alguns jogadores, como Felipe Melo e Dudu, se manifestaram contra”, disse ele.

Moura também destacou a falta de evidências científicas que comprovem que o gramado sintético causa mais lesões, embora ele mesmo acredite que tenha um impacto. “Nosso foco principal é que outros esportes têm demandas específicas. Precisamos de um padrão que seja justo e benéfico para todos, sem favorecer nenhuma equipe”, concluiu Lucas Moura.