No último domingo (16), o clássico entre São Paulo e Palmeiras terminou em um empate sem gols, 0 a 0, no Allianz Parque, na décima rodada do Campeonato Paulista. O treinador do Tricolor, Zubeldía, surpreendeu ao deixar os meias Lucas Moura e Oscar fora da escalação inicial, um movimento que levantou questões sobre a estratégia da equipe. Na coletiva após a partida, o argentino explicou sua decisão, mencionando a necessidade de gerenciar a carga de minutos dos jogadores.
“Hoje foi por uma questão de carga de minutos. Havíamos planejado que certos jogadores jogassem 90 minutos nos dois jogos em Brasília. E, claro, hoje já seria o terceiro jogo de 90 minutos, o que seria muito mais desgastante”, disse Zubeldía. O São Paulo enfrentou uma intensa sequência de partidas, incluindo dois empates no Mané Garrincha: um contra a Inter de Limeira e outro contra o Velo Clube. Lucas e Oscar participaram ativamente dessas partidas, o que levou o treinador a optar por uma abordagem mais cautelosa.
Zubeldía também comentou sobre o desempenho físico dos jogadores: “Um jogador como o Lucas é explosivo; outro, como o Oscar, se movimentou muito no último jogo e terminou com o tornozelo um pouco inchado.” Essa escolha de deixá-los no banco de reservas se alinha a uma estratégia reativa pensada para enfrentar o rival. A intenção era escalar jogadores com menos minutos em campo para melhor se adaptar ao plano de jogo preparado para o Choque-Rei.
Além da tática, Zubeldía expressou suas preocupações sobre o gramado sintético do Allianz Parque. Na coletiva, o técnico lamentou o uso desse tipo de superfície, alertando que poderia aumentar o risco de lesões para os jogadores. “Os jogadores de todo o Brasil preferem gramado natural, por uma questão de saúde e também de espetáculo”, afirmou. Ele entende que o investimento em gramados naturais pode ser mais caro, especialmente com a realização de eventos e shows, mas defende que a saúde dos atletas deve ser prioridade.
Por fim, o treinador concluiu ressaltando a importância de uma posição unificada entre os jogadores em relação ao assunto. “Em algum momento, os jogadores terão que se unir. Porque quem está perdendo, ou pode perder ainda mais, é o jogador de futebol e sua saúde”, ressaltou Zubeldía, fazendo uma reflexão pessoal sobre as implicações de jogar em condições inadequadas.

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