A discussão acerca da relevância dos campeonatos estaduais no cenário atual do futebol brasileiro é intensa, especialmente devido às ocupações de um calendário cada vez mais apertado. Entretanto, no passado, a dinâmica era bastante diferente. Um exemplo notável é o do São Paulo, que em 1979 optou por priorizar o Campeonato Paulista em detrimento do Brasileirão. Essa decisão, por sinal, estava enraizada em uma amarga experiência anterior: a derrota na edição anterior do torneio nacional.
No contexto de 1979, os estaduais tinham uma importância equiparada ao Brasileirão, cuja formatação ainda não se assemelhava à atual. O São Paulo contava com um elenco de peso, reunindo nomes como Muricy Ramalho e Serginho Chulapa, este último detentor do título de maior artilheiro da história do clube, com impressionantes 250 gols. Sob a direção de Rubens Minelli, que já havia feito história ao conquistar o primeiro título brasileiro para o clube em 1977, as expectativas eram altas.
Infelizmente, apesar do empenho total na busca pelo Paulistão em 1979, o resultado foi decepcionante. A equipe finalizou a temporada na sétima posição, sem conquistar nenhuma taça. Contudo, esse ano foi considerado um marco para o São Paulo, pois propiciou uma reformulação interna e uma mudança significativa na mentalidade do clube. Oito anos depois, essa experiência acumulada resultou em uma era de glórias, onde o São Paulo consolidou sua posição como um dos gigantes do futebol brasileiro, conquistando inúmeros títulos.
O atacante Serginho Chulapa, aos 25 anos, destacava-se como uma das estrelas da equipe. Durante a temporada de 1979, ele participou de 30 jogos no Paulistão e balançou as redes 14 vezes, acumulando 2700 minutos em campo. No entanto, sua carreira não se resumia apenas aos gols; as confusões eram uma marca registrada do jogador. Um episódio emblemático ocorreu em um clássico contra o Corinthians, quando, ao chutar uma bola em direção ao banco de reservas, Chulapa acabou desequilibrando-se e gerando um conflito entre os jogadores de ambas as equipes.

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