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Parabéns, Rogério!!!

Ao completar 19 anos de clube, capitão revela que o São Paulo é a sua vida



Esta segunda-feira é uma data muito mais que especial para o goleiro Rogério Ceni e para toda a torcida são-paulina. É que exatos dezenove anos atrás, dia 07 de setembro de 1990, o arqueiro era aprovado no teste para jogar no Tricolor, começando sua história de total sucesso com a camisa do clube.

Rogério comemora seu 19º ano no São Paulo com 861 jogos feitos. Chegar a uma marca tão significativa é motivo de orgulho para o capitão. "É uma marca muito especial. Manter-se tantos anos num clube tão grandioso como é o São Paulo é motivo de muito orgulho", afirmou.

Ao chegar ao São Paulo com 17 anos, ainda nas categorias de base, a vida no futebol era muito diferente da de hoje, e muito mais complicada. Rogério se lembra de vários detalhes da época em que começou sua caminhada no Tricolor.

"Era tudo mais simples, não tinha esse negócio de empresários colocar em times, dividir porcentagem do passe. Era fazer o teste, passar ou reprovar e começar a treinar", lembrou, mas sabendo que todas as pedras no caminho ajudaram para ele ser um grande profissional.

"Valorizo muito os momentos difíceis que passei. Vindo de Sinop não foi fácil morar sozinho em São Paulo, ficar no alojamento. Precisei ter muito juízo. Talvez por isso tenha chegado onde cheguei. Superar as dificuldades do começo de carreira tem muito a ver com os frutos de hoje", completou.

Ao se acostumar com a cidade e com sua nova realidade, Rogério começou a vislumbrar o que poderia fazer como jogador de futebol. Com grandes goleiros na equipe profissional - como Alexandre, Gilmar e Zetti -, o então jovem ganhou confiança ao ser promovido à equipe principal como terceiro goleiro.

"Imaginei pela primeira vez que poderia ser goleiro do São Paulo em 1992, quando subi para o profissional para ser o 3º goleiro. Fomos campeões da Copa São Paulo em 93 que também me deixou confiante. Ali tive uma perspectiva que um dia teria uma chance após o Zetti parar ou trocar de clube. Foi quando eu comecei a pensar mesmo em ser goleiro do São Paulo".

Rogério estreou na equipe em 1994, mas assumiu o gol somente em 1997. De lá pra cá, sua carreira é marcada por sucessos e títulos, como o Campeonato Mundial em 2005. O goleiro não esperava conquistar tudo isso, mas ainda não está satisfeito e acha que pode dar mais alegrias aos são-paulinos.

"Não planejava ter uma carreira como esta aqui. Imagino que ninguém planeja nada neste sentido, desta dimensão. Foi tudo muito natural, nunca forcei nada, nunca criei muita expectativa. Mas não estou satisfeito com o que já conquistei, quero mais, sei que o São Paulo vive de títulos, de vitórias, e para fazer parte deste clube você tem que buscar isso", disse.

Entre tantas alegrias, um dos momentos mais difíceis aconteceu neste ano, quando fraturou o tornozelo esquerdo na lesão mais grave de sua carreira e o fez perder o final da Copa Libertadores. Rogério não acredita que a queda da equipe está ligada à sua lesão, e sim à falta de confiança que tomou conta dos jogadores.



"Ao ver o time mal quando estava machucado eu queria voltar de qualquer jeito, mas não tinha como. Aí tentei ajudar com palavras, com a minha experiência. A queda do time não foi porque eu machuquei. Foi uma série de fatores juntos. Lembro que quando estava no começo do tratamento o Reffis estava lotado, faltava macas para tantos pacientes. O André Dias machucou, o Rodrigo teve o problema da embolia, o time saiu do Paulista e perdeu confiança. Confiança é tudo no futebol", alertou.



Mas agora, recuperado e ajudando novamente a equipe, Rogério é só alegria e vibra com cada dia em que pode sair de sua casa, no Morumbi, para ir trabalhar no Centro de Treinamento, localizado na Barra Funda.



"O São Paulo não é apenas meu emprego, o clube onde eu jogo. Eu vivo em função do São Paulo. É minha vida. Essa identificação que tenho é muito significativa. Falar de Rogério e associar o São Paulo é uma conquista enorme, imensurável. Quero contribuir mais para o crescimento do clube, isso me orgulha, me alimenta, me motiva todos os dias", alegrou-se.

19 anos de Rogério

1990: dia 07 de setembro Rogério é aprovado no teste pelo preparador de goleiros Gilberto Moraes, que hoje trabalha como gerente administrativo no clube.

1992: Rogério é promovido para o profissional e se torna o 3º goleiro do time

1993: Campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em janeiro. Em junho fez sua estreia no time profissional, na goleada por 4 a 1 sobre o Tenerife, da Espanha, pelo Torneio Santiago de Compostela. Estava no elenco campeão da Libertadores e mundial

1994: Participa do título da Copa Conmebol

1995: Vence a Copa dos Campeões Mundiais

1996: Bicampeão da Copa dos Campeões Mundiais

1997: Rogério assume o gol do time após a transferência de Zetti para o Santos. Logo em seu primeiro ano como titular, o goleiro marca seu primeiro gol de falta, contra o União São João, em Araras, pelo Campeonato Paulista.

1998: Rogério conquista se primeiro título como titular, o Paulistão. Na decisão o São Paulo vence o Corinthians com gols de França e Raí.

1999: Vence a Copa Euro-América com o Tricolor

2000: Autor do gol do título paulista, sobre o Santos, Rogério vê sua pior derrota. O vice da Copa do Brasil para o Cruzeiro No último minuto. Até hoje o capitão coloca esta partida como a mais triste de sua carreira.

2001: Vem o título do Torneio Rio-SP sobre o Botafogo, no Morumbi

2002: Convocado para a Copa do Mundo da Coréia e Japão como terceiro goleiro, Rogério se consagra campeão mundial com a seleção brasileira. Entrou em campo no jogo contra o Japão, aos 34 minutos do segundo tempo (vitória por 4 a 1)

2003: No primeiro ano da disputa do Brasileirão por pontos corridos, a equipe conseguiu voltar à Copa Libertadores da América, terminando em terceira colocada no torneio

2004: Rogério disputa sua primeira Libertadores como titular e capitão do São Paulo

2005: Um ano de ouro para o goleiro. Campeão do Paulista, da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes da FIFA, ele foi eleito o melhor jogador da competição. Além disso, foi em 2005 que Rogério ultrapassou Waldir Peres como atleta com maior número de jogos pelo clube (618). Foi considerado o nono melhor goleiro do mundo pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol. Nascem suas filhas, Beatriz e Clara.

2006: Perde a final da Libertadores para o Internacional, mas começa o tricampeonato nacional do São Paulo, que vence o Brasileirão. O gol que fez frente ao Chivas Guadalajara, dia 26 de julho, o fez integrar o quadro de maiores artilheiros são-paulinos da Libertadores ao lado de Palhinha, Pedro Rocha e Müller - cada um fez dez gols. Indicado como sétimo melhor goleiro pela IFFHS

2007: Campeão Brasileiro pela segunda vez (com quatro rodadas de antecedência). Em 22 de julho daquele ano, sagrou-se como o jogador que mais atuou por um mesmo clube no Campeonato Brasileiro (309 atuações), deixando Roberto Dinamite pra trás. Quinto melhor goleiro do mundo de acordo com a IFFHS e único jogador da América do Sul a ser indicado ao prêmio de melhor jogador do mundo pela Revista France Football

2008: Tricampeão Brasileiro

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