Nesta terça-feira, Brasil e Colômbia fazem um dos jogos mais esperados da fase de grupos da Copa América, às 22h (de Brasília), no Levi's Stadium, pela 3ª rodada do grupo D. Uma das principais preocupações para a equipe de Dorival Júnior será parar o meia James Rodríguez, que vem fazendo um grande torneio: nas duas primeiras partidas dos Cafeteros, o craque deu nada menos do que três assistências. O desempenho de James com a camisa da seleção, aliás, contrasta muito com o que o colombiano apresenta no São Paulo, seu clube. Desde que foi contratado pelo Tricolor, em julho do ano passado, o armador nunca conseguiu se firmar no Morumbis, virando um "peso" também nos bastidores por seu alto salário e a falta de perspectivas em conseguir arrumar um lugar em outro time.
Mas por que Rodríguez não consegue reproduzir no São Paulo o mesmo futebol da Colômbia? Para tentar entender, a ESPN conversou com o meio-campista Eduard Atuesta, que pertence ao Palmeiras, mas está emprestado ao LAFC, dos Estados Unidos. Em conversa com a reportagem após recente jogo contra o San Jose Earthquakes, que acompanhamos a convite da MLS, Atuesta (que foi convocado pela Colômbia em 2022) opinou que as trocas de treinadores no Tricolor prejudicaram o desempenho de James. Na sua visão, os comandantes são-paulinos também tiveram dificuldades para lidar com um nome do "peso" de James, que atuou por clubes como Real Madrid e Bayern de Munique na carreira, no vestiário.
"Eu acho que, sempre que ele jogou, o James foi muito bem no São Paulo. Eu também lembro que mudaram muito os treinadores, várias mudanças de treinador (desde que James chegou ao Brasil). É sempre complicado para treinadores novos quando você tem um cara de tanto peso no vestiário, sempre gera um pouco de confusão", argumentou Atuesta, lembrando as passagens de Dorival Júnior, Thiago Carpini e Luis Zubeldía pelos Morumbis nos últimos meses. "Eu não estava ali (nos bastidores do São Paulo) para falar, mas pode ser isso também (que faz James não render). Mas ele é um grande jogador, é um ídolo para todos os colombianos e eu só posso falar o que eu vejo", seguiu. "Para mim, o que eu via era que, no campo, ele sempre jogou bem quando conseguia jogar", complementou.
Na conversa com a ESPN, Atuesta também opinou sobre o teórico favoritismo da Colômbia no confronto contra o Brasil, pelo fato da seleção cafetera estar mais "pronta" que a canarinho. Para o meio-campista, é impossível colocar o time colombiano em um patamar superior ao de Brasil, Argentina e Uruguai, as seleções mais vencedoras do continente. "Vai ser bom jogo entre Colômbia e Brasil. Eu também estou aguardando muito esse jogo. Falando como um torcedor: a Colômbia, pelos últimos resultados, pode ser, sim, uma das favoritas (ao título) e tudo isso que estão dizendo. Mas, no futebol sul-americano, em que estão seleções como o Brasil, a Argentina e o Uruguai, é sempre muito difícil", observou.
"No final de contas, você pode ver que, na Copa América, nem sempre chegam os favoritos. É muito difícil ganhar aqui (nos Estados Unidos), o clima também está complicado. Você nunca sabe como os jogadores vão se recuperar, o que vai acontecer...", acrescentou. "Eu acho que tem que pensar partida a partida, mas, hoje, a realidade é que a Colômbia vai tentar ganhar todos os jogos em que estiver em campo. Vai ser muito gostoso vivenciar essa partida", finalizou. Brasil e Colômbia jogam nesta terça-feira (2), às 22h (de Brasília), no Levi's Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, pela 3ª rodada do grupo D. Os Cafeteros lideram a chave, por 6 pontos, enquanto o time canarinho aparece na 2ª posição, com 4. Próximos jogos do Brasil Colômbia - 02/07, 22h (de Brasília) - Copa América.
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