Luis Zubeldía chegou prometendo muito e tem entregado ainda mais. Invicto em seus nove primeiros jogos à frente do São Paulo , com sete vitórias e dois empates, o treinador argentino tem chamado a atenção também por seu estilo de sentir e viver as emoções à flor da pele em campo. Diante do Talleres, na última quarta-feira, num Morumbis ocupado por 56 mil torcedores, o técnico reagiu como um deles na comemoração do gol de Luciano, que definiu o placar por 2 a 0 . Eufórico, saiu em disparada na perseguição ao seu camisa 10, sendo abraçado por ele e por mais atletas. E, isso, é Luis Zubeldía na essência: – Na LDU ele teve vários momentos assim. Zubeldía vive assim as partidas: extremamente intenso – disse o repórter Carlos Efraín Mora M, que acompanhou a carreira do treinador no Equador. Em 2014, o uruguaio Jonathan Ramis marcou um golaço de antes do meio-campo nos acréscimos de um jogo do Campeonato Equatoriano e definiu a vitória da LDU por 2 a 1 contra o Emelec. Zubeldía, que vivia a primeira passagem no clube de Quito, invadiu o campo e correu atrás dele para festejar.
Para Lucas, um dos destaque do Tricolor, Zubeldía mostra que está firme com os exercícios: – Rapaz, ele deu um pique ali que o físico dele está em dia (risos). Para dar um pique daquele ali, foi muito engraçado. É um treinador que joga junto com o time, vive o futebol de forma intensa, é um jeito peculiar. Ele tem conseguido transmitir essa gana e essa vontade de vencer para o time. As emoções de Zubeldía, principalmente no início da carreira, explodiram muitas vezes contra decisões de árbitros. E isso acabou prejudicando bastante a sua imagem há uma década.
Relação com a torcida Ainda em início de trabalho, Zubeldía tem se relacionado muito bem com o torcedor. Depois do jogo contra o Talleres, lembrou do São Paulo campeão da Libertadores de 1992 e disse que hoje realiza um sonho ao dirigir uma equipe como a do Triocolor. – Como não saberia o que é São Paulo ? Aos quatro anos já estava em um campo de futebol com meus irmãos, mais velhos, me ensinando a jogar. Eu ia buscar água. Era 1985. Com 11 anos eu já olhava a Libertadores e ouvia o São Paulo . Em 1992, eu ouvia o Morumbi, o São Paulo . Eu valorizo muito estar aqui. Eu sonhava estar aqui, desde muito pequeno. Sei muito da história. Como não saber o que significa a Libertadores para o São Paulo ? – disse Zubeldía.
Criticado em seu início de trabalho na segunda passagem, Zubeldía acabou 2023 com o incontestável título da Sul-Americana na LDU, o que o fez cair nas graças dos equatorianos. Com direito a volta em cima de trio elétrico por Quito, o técnico fez questão de demonstrar o seu carinho pelo clube, que deixaria na virada do ano de 2024.
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