A publicação de John Textor, dizendo ter evidências de manipulação de resultados em jogos do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, não mudou a percepção do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sobre o que diz o dono da SAF do Botafogo. Segundo apurou a ESPN com membros do tribunal, nada que o norte-americano tenha mostrado até agora leva a crer em qualquer tipo de irregularidade envolvendo partidas da Série A. Na segunda-feira (1), Textor citou especificamente jogos do Palmeiras contra Fortaleza e São Paulo. A visão nos bastidores do STJD é que Textor está apenas “jogando para a torcida”. Uma definição com base nos relatórios que o dirigente já apresentou, da empresa “Good Game”, que apontam, na visão da companhia, erros que seriam suspeitos a favor do Palmeiras em alguns jogos. Acontece que o relatório sozinho não prova nada no entendimento dos magistrados.
“Esses relatórios que ele está se baseando são ridículos. O maior feito da empresa foi analisar partida de handebol. O próprio dono da empresa já deu entrevista no Brasil informando que não bastam os relatórios, e sim mais provas”, disse um membro do STJD à reportagem. A comparação que pessoas ligadas à corte esportiva fazem são com relatórios da empresa Sportradar, parceira da CBF e que já foi usada em processos recentes no STJD.
A Sportradar trabalha com mais de 900 casas de apostas online e foca em movimentações suspeitas. Dinheiro alto colocado em um resultado específico, por vezes improvável, que acaba acontecendo, levanta uma bandeira vermelha. Só então o jogo é analisado mais à fundo. Ainda assim, todos casos que acabaram julgados pelo STJD envolvendo manipulação de resultados nunca consideraram apenas esse relatório, mas também outras evidências de irregularidades. É algo que o tribunal até aqui não viu Textor apresentar em nenhum momento.
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